Bola na área aos 52 minutos do segundo tempo. Bueno recebe livre pela esquerda, entra cara a cara com Fernando Miguel, ajeita o corpo para bater de direita e explode a bola no travessão. Fim de jogo, e empate em 0 a 0 do Vasco com Oriente Petrolero. Com isso, o time da colina se classificou, na última quarta (20), para a segunda fase da Copa Sul-Americana. O aperto no último lance da partida assustou o torcedor cruzmaltino. Se a equipe boliviana marcasse, a decisão iria para os pênaltis. Porém, o jogo não foi dominado pelos adversários.

O Vasco até que se defendeu bem e só sofreu dois sustos durante os 90 minutos. Além disso, perdeu ótimas oportunidades de abrir o placar. Esbarrou na boa atuação do goleiro Banegas, na ineficiência do ataque, em uma grande dificuldade de criação dos jogadores do meio de campo e também no travessão em chute de Talles Magno.

O confronto foi equilibrado. Não houve um time soberano em campo e o nervosismo deu o tom da disputa. No fim, sobressaiu a melhor técnica do Vasco diante de uma equipe com muitas dificuldades para propor jogo.

Marrony, do Vasco da Gama, enfrenta Oriente Petrolero pela Copa Sul-Americana
Atacante Marrony em ação no empate do Vasco com Oriente Petrolero – Rafael Ribeiro/Vasco da Gama/Direitos Reservados

Segundo o goleiro Fernando Miguel, a classificação foi merecida: “Sabíamos que o jogo aqui ia ser difícil. A equipe do Oriente demonstrou uma organização tática muito importante lá no Brasil. Nós viemos sabendo das dificuldades que encontraríamos. Alternamos momentos em que controlávamos e que o Oriente controlava algumas ações. Fazendo a leitura dos 180 minutos, creio que fomos superiores pelo volume de oportunidades que criamos tanto no Brasil quanto na Bolívia. Estamos felizes, contentes. Felizes por mais uma vez não tomar gol, pela quantidade de oportunidades que criamos. Nossa equipe vem criando muitas oportunidades, é importante ressaltar e valorizar isso. É início de temporada e precisamos valorizar a intensidade que uma decisão de Copa Sul-Americana merece. Não é porque em alguns momentos a equipe do Oriente foi superior que nós vamos sair daqui incomodados ou aborrecidos com alguma coisa. Vamos valorizar nossa classificação porque o Oriente também valorizou essa nossa passagem de fase”.

Sobre a bola no último lance da partida, o goleiro vascaíno minimizou o risco: “Decisões são assim. Por vezes você sofre, corre riscos e em momento algum a equipe do Oriente foi no Brasil para se defender e em todo tempo aqui ela acreditou e lutou até o final. Sofremos em alguns momentos, mas conseguimos não sofrer o gol. Acredito que se tivéssemos um pouquinho mais de tranquilidade nas últimas bolas as coisas não se arrastariam até o último minuto e teríamos uma classificação um pouco mais tranquila”.

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Apesar da classificação, o Vasco teve o que lamentar. O volante Juninho foi vítima de insultos racistas durante a partida. Ricardo Graça e Alexander se levantaram do banco de reservas para reclamar e avisar ao juiz, e o zagueiro acabou recebendo cartão amarelo do árbitro José Argote, da Venezuela.

Em comunicado oficial, o diretor executivo de futebol André Mazzuco informou que tomou os procedimentos cabíveis de relatar diretamente à arbitragem e ao delegado da partida. De acordo com Mazzuco, o clube vai aguardar a súmula e todos os processos que precisam ser realizados, além de solicitar revisão do cartão amarelo dado a Ricardo Graça.


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