Fernando Collor é preso em Alagoas após decisão de Moraes

Ex-presidente foi preso às 4h enquanto se deslocava para Brasília e está sob custódia na PF da capital alagoana

Fernando Collor
Fernando Collor Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira, 25, após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para o cumprimento imediato da pena por crimes investigados pela Operação Lava Jato. Ele está sob custódia na Superintendência da Polícia Federal em Maceió, capital de Alagoas.

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A defesa de Collor informou que a prisão aconteceu por volta das 4h da manhã, enquanto se deslocava para Brasília para o cumprimento da pena. “O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento”, disse a defesa, em nota.

O ex-presidente foi condenado há 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Collor aguardava os recursos no STF desde 2023, quando foi condenado pelo plenário da Corte. Ele é acusado de cobrar propina em contratos da BR Distribuidora, entre 2010 e 2014.

De acordo com as investigações, o também ex-senador teria atuado para que a subsidiária da Petrobras assinasse um contrato com a UTC Engenharia para a construção de bases para distribuição de combustíveis.

Conforme o Ministério Público, as irregularidades geraram R$ 29,9 milhões em propinas. O ex-presidente nega as acusações. Além dele, outros dois empresários foram condenados no esquema.

Na quinta-feira, 24, Moraes rejeitou os recursos da defesa e determinou a prisão imediata de Collor. O ministro considerou que os embargos são “meramente protelatórios”. O plenário virtual do STF ainda deverá referendar a decisão de Moraes. A sessão foi convocada para esta sexta-feira, das 11h às 23h59.

Collor foi o 32° Presidente do Brasil, de 1990 até 1992. Ele acabou renunciando enquanto respondia a um processo de impeachment aprovado pelo Senado. Depois disso, foi senador por Alagoas de 2007 até 2023.