No fim da noite desta quinta-feira (1º) o presidente da Argentina, Alberto Fernández, fez um pronunciamento ao vivo na TV do país algumas horas depois de um brasileiro tentar assassinar a vice-presidenta Cristina Kirchner.
“Não há chance de violência coexistir com democracia. Cristina permanece viva porque, por algum motivo ainda não confirmado, a arma com cinco balas não disparou mesmo com o gatilho sendo puxado”, disse Fernández.
O presidente argentino decretou feriado nacional nesta sexta-feira (2) para que o povo argentino possa se expressar em defesa da democracia e em solidariedade à vice-presidenta.
“[O atentado merece] o mais enérgico repúdio de toda a sociedade, de todas as áreas políticas e de todos os homens e mulheres da república”, disse Fernández.
“Temos a obrigação de recuperar a convivência democrática que foi quebrada pelo discurso de ódio que se espalhou de diferentes espaços políticos, judiciais e midiáticos”, seguiu o presidente.
“O povo argentino quer viver em democracia e em paz e nosso governo está firmemente empenhado em trabalhar todos os dias para que possamos alcançá-lo”, disse.
O atentado aconteceu em frente à casa de Cristina Kirchner, no bairro da Recoleta. A arma calibre .38 estava carregada com cinco balas, mas acabou falhando e não foi disparada.
A polícia argentina deteve o brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, suspeito de ter tentado assassinar a vice-presidente da Argentina. Até o momento não há informações sobre as motivações do crime.