Aos 92 anos, Fernanda Montenegro está prestes a se tornar imortal pela Academia Brasileira de Letras. A atriz ocupará a cadeira 17, que pertencia a Afonso Arinos de Mello Franco. 

Em entrevista à Ela, do O Globo, Fernanda, que não votará mais nas eleições, falou sobre política e criticou o atual governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à classe artística. 

“O mais simbólico desse governo foi o fim da cultura das artes. Não tem governo radical que não pare a cultura das artes. Mas estamos nas catacumbas, vivos. E não estamos extinguidos.”

Sobre sua relação com a Academia de Letras, a artista declarou: “Há muitos anos frequento a Academia porque amigos tomam posse, então eu me propus. Achei bonito o reconhecimento dessa arte de palco. Uma coisa é a dramaturgia. Outra é um ser humano em cena, jogando sua criatividade em cima de outro ser humano imaginado por um poeta, por um escritor. Cada um entra com a sua vivência, seu tempo, sua resistência, seu fôlego.”