Fernanda Machado narra a própria história em audiobook; confira

Atriz é conhecida por papéis em novelas da TV Globo como Paraíso Tropical e Amor à Vida

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Fernanda Machado posa com filhos Foto: Reprodução/Instagram

A atriz Fernanda Machado, conhecida por papéis em novelas da TV Globo como Paraíso Tropical e Amor à Vida, que hoje mora nos EUA, dedicou o mês das mães ao seu novo projeto “Tudo que não me contaram sobre a maternidade”. Ela veio ao Brasil para lançar o livro e o audiobook, narrado por ela mesma, onde conta sua trajetória sobre a realidade de ser mãe.

Na obra, ela revela as delícias e as dificuldades de gestar filhos, mas,principalmente dos cuidados e do educar, relatando percalços como a luta para ter o primeiro filho, depois de descobrir uma endometriose, a perda de uma gestação e a perda do útero, mas também mostra que a beleza de ser mãe a levou a estudar a biologia, por exemplo, e a entender melhor tudo o que se passa no corpo feminino.

Fernanda debate sobre a função da maternidade, que, segundo ela, no mundo moderno é fadada ao insucesso, pois as mulheres vivem o conflito de existir em uma sociedade patriarcal, feita por homens e para homens.

“Hoje a maternidade é muito solitária… Eu amo ser mãe e amo meus filhos, mas eu vi que realmente essa matemática não bate. E quem paga essa conta são as mulheres”, diz ela.

Todos esses aspectos, ela narra com franqueza no audiobook que chega ao mercado pela Ubook, uma das principais plataformas de áudio entretenimento do país. O primeiro capítulo pode ser ouvido gratuitamente por um mês e o conteúdo completo do audiobook está disponível na íntegra para os assinantes da Ubook.

Fernanda Machado narra a própria história em audiobook; confira

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Confira um trecho do audiobook:

“Desde que me tornei mãe, eu me deparo com grandes surpresas que ninguém antes tinha me contado. Existem muitos tabus e segredos sobre a maternidade que as pessoas não falam a respeito e, sinceramente, isso não ajuda em nada as mães.

Por conta desse silêncio, você começa a pensar que é a única a sentir tantas emoções complexas e contraditórias, a única que não consegue desfrutar da maternidade perfeita, pois todo mundo ao seu redor está vivendo uma fase maravilhosa, linda, florida e colorida, menos você.

Com o passar do tempo, percebi não ser a única a enfrentar tantas mudanças e questionamentos. Acontece que, por medo de serem julgadas, as mulheres não se sentem seguras para contar o que vivenciam ou vivenciaram na maternidade. Ninguém se abre, nem mesmo minha mãe teve coragem de me dizer, honestamente, como ela se sentia quando meu irmão e eu éramos pequenos.

— Você não gosta de ser mãe? Você não ama seu filho?— Elas têm medo de ouvir.

Eu nunca imaginei que ser mãe pudesse ser algo tão solitário. Várias mulheres ficam ilhadas com seus turbilhões de emoções, e todas se sentem sozinhas, mas a maternidade não foi desenhada pela natureza para ser vivida assim, de forma solitária.

Como aquele provérbio africano que diz, “para educar uma criança é preciso uma aldeia”, eu acredito que para educar um filho é preciso ter o apoio de uma vila inteira. Pais, avós, tios e amigos devem estar ao lado da mulher que se torna mãe e da criança que nasce”.