Fábio Carille assumiu o comando do Santos há três meses com missão de salvar a equipe do rebaixamento no Brasileirão. Cumpriu a primeira meta, já garantiu o time na Copa Sul-Americana e ainda chega à rodada final, quinta-feira, diante do Cuiabá, com chances, pequenas, de vaga à Copa Libertadores. Em alta, o técnico espera sentar com os dirigentes para acertar a permanência para 2022 já nesta semana com intuito de iniciar o mais breve possível o planejamento da próxima temporada.

“A vontade existe, o contrato está aí. Temos algumas conversas, presidente e o Edu Dracena (executivo de futebol) entraram em contato com meu empresário. Estou muito feliz aqui, estou mesmo, um ambiente maravilhoso. A intenção de continuar é grande”, faz juras de amor ao clube da Baixada o treinador.

“Já falei várias vezes sobre querer continuar. Meu contrato não tem multa sobre sair ou o Santos mandar embora. Vamos conversar agora. Eu aceitei sabendo dos riscos”, observou, contudo. “Estamos na Sul-Americana com possibilidade de Libertadores. No dia 9 completo três meses de Santos, um trabalho intenso”, disse. “Agradeço à diretoria pela oportunidade, aos jogadores que compraram algumas ideias. Foi um ano muito difícil. É curtir os 49 pontos, Sul-Americana e quem sabe beliscar uma Pré-Libertadores? Daí começamos a pensar em futuro.”

Carille espera por uma renovação e usa seu trabalho para mostrar aos dirigentes ser merecedor de voto de confiança com metas mais ambiciosas no próximo ano. Em 2021 o Santos não passou da primeira fase do Paulista e da Libertadores, caiu cedo na Copa do Brasil e na Sul-Americana e passou sufoco no Brasileirão.

O treinador lista suas modificações na equipe da Vila Belmiro para chegar à última rodada sem riscos e com ambições. “Era um time que não fazia tantos gols e sofria muitos. Tínhamos que buscar o equilíbrio. Com jogo atrás de jogo, tínhamos que fazer algo. Não tomando gol estaríamos mais perto da vitória e com a qualidade da frente, o gol sairia em algum momento”, revelou Carille.

“Fomos ajeitando. Falei muitas vezes sobre os três zagueiros pela primeira vez na carreira. Em cinco anos, foi a primeira vez. Detectamos que era o melhor para o momento, precisávamos jogar por resultados. Não era para jogar bonito. E a resposta foi boa.”