O youtuber e empresário Felipe Neto falou sobre os “erros do passado” e fez fez duras críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante sua participação no Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (18).

“Em primeiro lugar, a mea-culpa eu faço sem problema algum. Quem acompanha minha história sabe muito bem que um defeito que não tenho é de teimosia e não pedir desculpas. Errei muito no passado e aprendi com esses erros”, afirmou Felipe ao ser questionado sobre de certa forma ter colaborado para o clima de polarização que o país criou.

Segundo Felipe, apesar de atualmente classificar o impeachment como “golpe”, ele não se considera um “adorador ou participante de um projeto petista”. “A minha colaboração embora fosse nada se comparável com a força que tenho hoje nas redes sociais, sem dúvida ela existiu e foi usada de maneira errada”, afirmou ao comentar o cenário político do ano em que a presidente Dilma Rousseff saiu do governo.

“Me equivoquei por falta de estudo, leitura. Passei os últimos três, quatro anos amadurecendo e estudando para usar a minha força e tentar afastar a opressão que vivemos hoje. Vou continuar tentando evoluir e melhorar”, continuou o youtuber.

Bolsonaro “se alimenta do caos”

Durante a entrevista, Felipe fez duras críticas à participação de Bolsonaro em atos que pedem o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A gente tem um cenário onde a equipe do presidente não está preocupada em falar sobre o plano de governo, ou medidas de solução. Ela está preocupada em inflamar. Infelizmente, o governo atual do Brasil vive do caos, vive da promoção do caos, do desespero, do medo. É disso que ele se alimenta”, avaliou o youtuber.

Para Felipe, o cenário atual é uma consequência da falta de investimento na educação ao longo das últimas décadas. “E é disso que grande parcela da população brasileira se identifica, principalmente pela ignorância, infelizmente resultado de anos e anos de descaso com a educação básica, municipal, estadual e federal. E o governo Bolsonaro nada de braçada na maneira de se comunicar”, concluiu.