Conhecido por polêmicas na carreira, o volante Felipe Melo virou exemplo de conduta no Palmeiras. A diretoria torce para que o atacante Deyverson, multado em R$ 350 mil por cuspir no corintiano Richard, consiga repetir a trajetória do colega, que no ano passado recebeu punição semelhante (em dinheiro) e desde então tem exibido comportamento exemplar.

Deyverson levou bronca e foi multado pela diretoria na terça-feira por ter sido expulso no último sábado. O quinto cartão vermelho dele em 66 jogos pelo clube provocou a fúria da diretoria. Mesmo que o clima para o atacante esteja desfavorável e dirigentes defendam a sua negociação, dentro do Palmeiras há a torcida para que ele ao menos consiga recuperar sua imagem.

Antes de Deyverson, quem havia protagonizado um caso de indisciplina semelhante foi Felipe Melo. No ano passado, o volante foi expulso com apenas três minutos de jogo contra o Cerro Porteño, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. O lance complicou a missão do Palmeiras e por pouco o clube não acabou eliminado da competição naquela noite, pois teve de atuar por mais de 90 minutos – acréscimos incluídos – com um jogador a menos.

No dia seguinte, Felipe Melo teve duas reuniões. A primeira foi com o técnico Luiz Felipe Scolari. A segunda, com a diretoria. O teor das conversas foi de acalmá-lo e ressaltar que uma expulsão tola poderia prejudicar toda a equipe.

Os encontros serviram para avisá-lo também sobre uma multa. Felipe Melo teve 10% descontado do salário (cerca de R$ 35 mil). Depois do episódio, o jogador levou menos cartões, não foi mais expulso e chegou até mesmo a ser capitão do Palmeiras em algumas partidas.

Nesta temporada, Felipe Melo atuou em quatro jogos e levou apenas um cartão amarelo. Ao fechar o ano passado como campeão brasileiro, ele chegou a despertar interesse do Boca Juniors e do Flamengo. Mas decidiu ficar.

Felipe Melo teve um episódio ainda mais grave no Palmeiras. Em 2017, ele foi afastado do elenco por 40 dias depois de brigar com o então técnico Cuca. O volante só voltou a atuar quando o treinador deixou o cargo.