O volante Felipe Melo, do Palmeiras, defendeu nesta quinta-feira a contratação do técnico Vanderlei Luxemburgo para o comando do time. Em entrevista coletiva na Academia de Futebol, o jogador de 36 anos defendeu o treinador das críticas de que está ultrapassado e afirmou que no momento o futebol brasileiro vive uma excessiva valorização dos estrangeiros.

O jogador elogiou os trabalhos recentes de técnicos como Jorge Jesus, no Flamengo, e Jorge Sampaoli, no Santos, mas alertou que os profissionais brasileiros também merecem reconhecimento. “Temos que dar mais valor ao produto brasileiro. No ano passado, o Jesus fez ótimo trabalho, ganhou títulos. O Sampaoli fez grande trabalho, sem títulos. O Luxemburgo também fez (no Vasco). As pessoas vêm de fora e são deuses e a gente esquece o que os treinadores fizeram por nós”, afirmou.

Luxemburgo inicia no Palmeiras a quinta passagem pelo comando do time. O treinador foi bicampeão brasileiro com o clube em 1993 e 1994 e teve como último trabalho o Vasco, no ano passado. A diretoria apostou nele após tentar primeiramente um estrangeiro. O argentino Jorge Sampaoli foi a primeira alternativa. Porém, após não haver acordo, a opção foi buscar outro treinador.

Para Felipe Melo, o início de trabalho de Luxemburgo tem sido marcado por críticas injustas por parte da imprensa. “Eu vi críticas de que é ultrapassado porque faz treino na areia. Vi o Messi trabalhando na areia para começar o ano voando. Eu não compactuo com as críticas. Sabemos do potencial do nosso treinador, a história por si só já diz o que ele representa para o cenário mundial”, disse o jogador.

O volante e o técnico trabalharam juntos no Cruzeiro, em 2003, quando o clube teve uma temporada muito vitoriosa. O time ganhou o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Existe a possibilidade de Felipe Melo atuar como zagueiro no novo esquema tático do Palmeiras. O jogador disse nesta quinta-feira que toparia mudar de posição.

Na entrevista coletiva, Felipe Melo negou que o sucesso do Flamengo gere uma obrigação maior de títulos no Palmeiras, mas admitiu que a temporada começa com muita cobrança sobre o elenco para conquistar a Copa Libertadores. “Se tem pressão maior, só dando tiro na gente. Mais pressão do que já existe. A gente sabe aqui que a Libertadores é obsessão. A palavra já diz tudo, é obsessão”, comentou.

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