Luiz Felipe Scolari usou o microfone da entrevista coletiva para defender o atacante Paulinho, autor do gol da vitória por 1 a 0 contra o Bahia. O jogador foi muito criticado após a eliminação para o Palmeiras nas oitavas de final da Copa Libertadores, mas está entre os artilheiros do clube no ano. O gol deste domingo quebrou um jejum de 3 meses sem vitória no Mineirão.

Para Felipão, as críticas ao jogador são exageradas: “Quem fez o gol contra o Flamengo? O Paulinho. Se o Paulinho faz dois, três, quatro gols em seis, sete jogos… ele tem que errar uma ou duas oportunidades, senão ele seria o maior jogador do mundo. Ele não é o maior jogador do mundo. Ele é muito bom, excelente jogador, mas ele erra uma jogada final como os outros erram. E ele acerta muito mais!”.

A vitória contra o Bahia, pela 19ª e última rodada do primeiro turno, ampliou a boa sequência do Atlético-MG: agora são três jogos sem perder e sem tomar gols. “Estamos bem organizados. Já é o terceiro jogo que nós não tomamos o fatídico gol que faz a gente mudar, muitas vezes, a nossa personalidade dentro do campo. Se erramos alguns gols, estamos trabalhando na semana para criarmos mais oportunidades e os jogadores estão fazendo aquilo que podem”.

“Pela primeira vez eu vou almoçar em algum restaurante. Eu acho até que vou tomar uma cervejinha ou um vinho, qualquer coisa. Porque ganhar uma eu já estou desacostumado. Então eu acho que eu vou ter a oportunidade de ir a um restaurante. E aos pais, não só pela vitória do Atlético-MG, mas pelos filhos que têm, aproveitem hoje também”, brincou o treinador, relembrando o dia dos pais.

Felipão também aproveitou a entrevista para alfinetar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O treinador foi denunciado pelas declarações contra a arbitragem após a derrota por 1 a 0 para o Grêmio na 16ª rodada. Irritado com um gol anulado de Alan Kardec pelo VAR, o técnico gaúcho alegou que ‘não existe mais futebol no Brasil’.

“Eu nem viria hoje para a coletiva porque está existindo um problema, que algumas respostas minhas estão sendo invariavelmente discutidas pelo supremo (STJD), por isso, por aquilo, e eu não quero mais falar e nem falei absolutamente nada. E às vezes uma resposta pra vocês bem menor, não é porque vocês não mereçam, é porque é uma fase difícil que a gente tem que enfrentar”.