O suíço Roger Federer se classificou para as semifinais do Masters depois de derrotar nesta quinta-feira o sérvio Novak Djokovic, que ao ser eliminado do ATP Finals de Londres fez com que o espanhol Rafael Nadal garantisse o posto de número 1 do ranking da ATP no término do ano.

Se apoiando em um saque muito eficiente e concedendo apenas um ‘break point’ em toda a partida, Federer venceu com um claro 6-4 e 6-3 e se classificou para sua 16ª semifinal do torneio (em 17 participações) que já venceu em seis ocasiões (um recorde).

Apesar de seus 38 anos, Federer deu uma nova aula de tênis na O2 Arena de Londres contra um Djokovic impotente diante do jogo de saque-voleio do suíço.

Djokovic, assim como Federer, tinha a obrigação de vencer para acompanhar Dominic Thiem nas semifinais no grupo ‘Björn Borg’, apesar da derrota nesta quinta do austríaco diante do italiano Matteo Berrettini, por 7-6 (7/3) e 6-2 em uma partida em que não havia nada em disputa.

Além da classificação o suíço encerrou uma sina diante de Djokovic, a quem não vencia há quase quatro anos.

O sérvio perdeu a chance de conquistar seu sexto ATP Finals e igualar o recorde de Federer.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

“Joguei de uma maneira incrível e sabia que tinha que ser assim porque sei do que o Djokovic é capaz de fazer”, admitiu Federer, que contou com o apoio da maioria do público.

“Grande ambiente, um grande adversário. Foi muito especial. Desfrutei desde o início. Foi mágico. Vocês tornaram (este jogo) muito especial e não consigo agradecer o suficiente”, acrescentou o suíço ao falar para os espectadores da O2 Arena.

– Aula de tênis –

Depois de perder um ‘break point’ no primeiro game, Federer quebrou o saque de Djokovic na segunda oportunidade e manteve essa vantagem para vencer o primeiro set graças ao seu serviço, que beirou a perfeição.

No primeiro set, a porcentagem de primeiros serviços acertados de Federer superou 80% e graças também a seu extraordinário voleio, o suíço só cedeu com seu saque três pontos ao sérvio em todo o primeiro set, vencendo quatro games sem qualquer reação de Djoko (dos seis games que ganhou).

Djokovic não conseguiu encontrar uma brecha para poder atacar o tênis perfeito de Federer.

“Fiz tudo bem”, declarou o sérvio após a partida e elogiou sua temporada apesar de não acabar como número 1: “Acho que é uma temporada muito boa, com dois Grand Slams e cinco títulos”.

A tônica da partida poderia ter mudado no quarto game do segundo set, quando Djokovic teve a primeira oportunidade de ‘break’ e poderia ter conseguido uma vantagem de 3-1.

Mas com grande precisão, e o décimo ‘ace’ da partida, o suíço não só manteve seu serviço, como quebrou o de Djokovic no seguinte para abrir 3-2 a seu favor.

Federer confirmou seu ‘break’ no game seguinte ampliando para 4-2 diante de um Djokovic entregue a sua sorte e que acabou perdendo a partida concedendo outro serviço.

Na sexta-feira será definido o último semifinalista, no grupo ‘André Agassi’: Nadal ou o alemão Alexander Zverev vão acompanhar o grego Stefanos Tsitsipas, que já tem assegurada sua presença entre os quatro melhores.


Nadal precisa derrotar Tsitsipas e torcer por uma derrota de Zverev diante do russo Daniil Medvedev para não ter que fazer contas e garantir assim sua vaga nas semifinais, mantendo sua luta pelo único grande torneio que nunca conquistou.

No momento, o que já assegurou foi acabar a atual temporada, aos 33 anos, como número 1 do mundo.

bur-mcd/iga/aam


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias