O suíço Roger Federer, ex-número 1 do tênis mundial, não vai disputar o Aberto da Austrália, pela primeira vez em sua carreira, para prosseguir com a recuperação após duas cirurgias no joelho, anunciou a organização do Grand Slam.

Federer, de 39 anos, está afastado das quadras desde fevereiro. Ele havia retomado os treinos recentemente e estava na lista de participantes do Aberto da Austrália, que começa em 8 de fevereiro.

“Finalmente, Roger não teve tempo de preparar-se para as condições de um Grand Slam e está muito decepcionado por não poder vir a Melbourne em 2021”, declarou o presidente do torneio, Craig Tiley.

Os problemas de saúde levaram o suíço a cogitar a aposentadoria.

“A hora da aposentadoria se aproxima e sei que vou sentir falta do circuito. Teria sido fácil me aposentar agora, mas quero me dar uma chance de continuar aproveitando o tênis”, declarou em julho, pouco depois de passar pela segunda artroscopia no joelho direito em quatro meses, o que interrompeu sua temporada.

– Volta no final de fevereiro? –

Ainda há poucos dias os organizadores do evento australiano esperavam que Federer pudesse participar e revelaram que o tenista havia voltado a treinar em Dubai para “sua preparação habitual de pré-temporada”.

No final, o suíço preferiu priorizar seus objetivos de longo prazo.

“Eu esperava estar 100% a partir de outubro. Mas não estou nesse patamar, nem agora. Existe o risco de ficar muito em cima” para o Aberto da Austrália, alertou em meados de dezembro em uma cerimônia de premiação em seu país.

“A prioridade será o verão com Wimbledon, os Jogos Olímpicos e o US Open”, acrescentou o ex-número 1 do mundo, que fez do título olímpico em Tóquio neste verão o grande objetivo de sua temporada ou mesmo o fim de sua carreira.

O próprio Federer fez alusão a esse cenário temido por seus fãs em todo o mundo. “A hora da aposentadoria está se aproximando e sei que vou perder o circuito. Teria sido fácil me aposentar agora, mas quero me dar a chance de ainda desfrutar do tênis”, disse ele à imprensa alemã em julho.

Seu agente Tony Godsick foi tranquilizador nesta segunda-feira: “Ele fez grandes avanços nos últimos meses em termos de dores no joelho e condição física”, disse ele em um comunicado citando o “final de fevereiro” como um possível retorno de Federer a uma competição.

– “Bolha sanitária” –

Em 2020, Federer disputou apenas um torneio, em janeiro: o Aberto da Austrália, onde perdeu nas semifinais para Novak Djokovic, que acabou sendo o campeão.

O tenista nascido em Basileia, 5º no ranking da ATP, ganhou tudo, exceto o ouro olímpico na categoria individual (ganhou ouro em duplas com Stan Wawrinka em Pequim-2008 e prata em simples na olimpíada de Londres, em 2012).

Mas desde o seu 20º título de Grand Slam, exatamente na Austrália no início de 2018, ele jogou apenas uma final de um torneio grande, em 2019 em seu ‘jardim’ de Wimbledon, onde teve chegou a ter dois match-points na final contra Djokovic mas acabou perdendo.

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