A federação internacional de judô decidiu, nesta sexta-feira (23),  suspender o atleta argelino Fethi Nourine e seu técnico Amar Benikhlef após ambos se recusarem a participar da competição Olímpica.
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Na última quinta-feira (22) o argelino anunciou sua desistência dos Jogos Olímpicos devido ao sorteio das chaves do torneio de judô na categoria até 73 da Olimpíada de Tóquio, que indicava um possível confronto entre o argelino e o israelense Tohar Butbu.

Esse cenário já havia ocorrido em 2019, na disputa do mundial de judô. Naquela ocasião, Fethi Noruine também desistiu do torneio ao ser sorteado para enfrentar Butbu na competição. Essa decisão ocorre devida aos conflitos existentes entre a Argélia, país árabe, e o Israel, predominantemente judeu. Para justificar a decisão, Noruine declarou: “Trabalhamos muito para nos classificarmos para os Jogos, mas a causa palestina é maior do que tudo isso”.

Após o anúncio da desistência, a Federação condenou a atitude, declarando ser uma decisão com “total oposição à filosofia da Federação Internacional de Judô. A IJF possui uma política rígida de não discriminação, promovendo a solidariedade como chave principal, reforçada pelos valores do judô”.

Ambos, atleta e técnico, serão investigados pela Comissão Disciplinar da federação e poderão receber punições mais severas futuramente.  No momento, a pedido da IJF (Federação Internacional de Judô), o Comitê Olímpico da Argélia já retirou as credenciais de Noruine e de seu técnico Amar Benikhlef, que estão voltando para casa.

A Federação Internacional de Judô decidiu suspender temporariamente o judoca argelino Fethi Nourine, que desistiu dos Jogos Olímpicos de Tóquio para evitar um possível confronto com um israelense em sua categoria, até 73 kg. Em comunicado, a entidade condenou o comportamento do atleta, considerado discriminatório.

Texto produzido com informações da AFP e Estadão Conteúdo.