A Federação Russa de Futebol (RFS) votou contra sair da Uefa e aderir à Confederação Asiática de Futebol nesta quarta-feira (20), após um mês de reflexão e ameaças de saída da entidade esportiva europeia, que a excluiu das suas competições após a ofensiva de Moscou na Ucrânia.

“Decidimos não partir para a Ásia. Todo mundo apoiou esta decisão por unanimidade”, declarou o vice-presidente da RFS, Ajmed Aydamirov, citado pela agência de notícias TASS.

“Votamos contra por unanimidade, já que não há garantias de que a Fifa aceite, a mudança de federação”, afirmou Mijail Guershkovich, outro membro do comitê executivo.

Esta troca teria consequências financeiras para os clubes russos.

“Vamos seguir os contatos com a Uefa e ver como a situação evolui no próximo ano”, tendo em vista um possível retorno às competições organizadas por esta instituição europeia, acrescentou Guershkovich, citado pela agência Ria Novosti.

No início do ano, a Uefa criou um grupo de trabalho para abordar sobre o retorno dos clubes russos e da seleção do país às suas competições.

Nenhuma equipe da Rússia participa de torneios europeus (como a Liga dos Campeões, Liga Europa, Liga Conferência) e a seleção russa não participou das eliminatórias para a Eurocopa-2024, que será disputada na Alemanha.

A RFS foi excluída pela Uefa de todas as competições continentais em 28 de fevereiro de 2022, quatro dias após o início da ofensiva de Moscou na Ucrânia.

Em setembro, a entidade esportiva decidiu reintegrar a seus campeonatos as equipes russas de futebol sub-17, tanto masculinas quanto femininas, mantendo a exclusão aos times profissionais, uma medida que não foi bem vista por Kiev nem sua aliada Polônia, o que aumentou a possibilidade de um boicote aos torneios europeus.

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