O futebol na Itália não vai voltar, por enquanto, antes do dia 14 de junho. Esta é a data programada em decreto assinado no último domingo pelo governo comandado pelo primeiro ministro Giuseppe Conte para a volta de eventos esportivos no país. Nesta segunda-feira, a Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano) informou que acatará a decisão, mas tentará junto às autoridades que os jogos retornem um dia antes, no sábado dia 13.

Ainda não há, na Itália, uma definição sobre um protocolo que permita que os clubes de fato retornem aos treinamentos com contato. Com isso, os treinos seguem sendo individualizados e há dúvidas sobre quando haverá uma possibilidade real para que o futebol volte a ser jogado, o que não acontece desde 9 de março. Ainda faltam 12 rodadas, além de quatro jogos da 25.ª jornada, para serem disputadas no Campeonato Italiano. Já a Copa da Itália está na rodada de volta da fase semifinal.

O principal ponto de discordância é a insistência do governo de que, se um jogador testa positivo, todo o elenco precisa entrar em quarentena por 14 dias. Os clubes argumentam que isolar o jogador envolvido seria suficiente.

“É óbvio que isso não nos permitiria terminar o campeonato em agosto porque, se houvesse 2 ou 3 infectados em uma ou duas equipes, tudo seria sistematicamente bloqueado por algumas semanas”, disse o presidente do Cagliari, Tommaso Giulini, à rádio italiana Super Sound.

Os clubes também se opõem à determinação de que cada associação, incluindo treinadores e equipes de apoio, fique em um campo de treinamento em completo isolamento antes de a liga recomeçar. Eles dizem que isso criaria enormes problemas logísticos.

A Itália foi um dos países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo e, por isso, ainda não reabriu totalmente. Apesar disso, parece estar com a situação bem mais tranquila: o país registrou apenas 99 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas.

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