O humorista Léo Lins gerou nova polêmica após sua participação da última terça-feira (17) no programa “Pânico”, transmitido pela rádio Joven Pan. Durante o programa, ele comparou o movimento que judeus fazem diante do Muro das Lamentações, em Jerusalém, com o gestual de autistas.

“Fiquei preocupado em não poder fazer nenhuma característica do autista quando fui a Israel. Cheguei lá e vi um monte de judeus balançando e falei ‘vão ter que cancelar os judeus’, Hitler até tentou”, disse Léo Lins. Após tomar conhecimento do caso, a Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) afirmou que abriu um processo contra o humorista.

https://www.facebook.com/fierj.federacaoisraelita/videos/3701079679952633

Em entrevista ao F5, do jornal Folha de S.Paulo, o advogado da Fierj, Ary Bergher, afirmou que esta não foi a primeira vez que o humorista fez piadas ofensivas contra judeus. “Leo Lins é um reincidente. Não posso por conta da liberdade da expressão incitar pessoas a praticar a discriminação, a pregar o ódio, a morte, ensinar como explodir uma casa. A liberdade de expressão é limitada”, disse o advogado, que comparou as atitudes do humorista com atos praticados pelo líder nazista Adolf Hitler.

“Léo Lins atinge de forma cruel, é covarde. Ele traveste o humor com a intenção de compelir a quem o assiste a difundir as ideia de eugenia de Hitler. Isso é muito grave, muito perigoso. Há limites e hoje em dia a conscientização das pessoas é muito maior. Se não há interrupção desse tipo de ataques, violências e excessos verbais, isso é encampado pela sociedade”, disse o advogado ao F5.

Ainda conforme o advogada da Fierj, ele espera que o humorista seja preso ao final do processo. “Não há interesse em indenização ou econômico. Queremos a prisão dele”, afirmou.

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