Enquanto não se sabe ao certo qual será o rumo de Tarcísio de Freitas nas eleições de 2026, políticos paulistas veem na federação entre União Brasil e PP o surgimento de um forte concorrente a pleitear espaços de destaque no grupo político do governador na campanha do próximo ano.
Além dos recém-casados União e PP, o arco de alianças de Tarcísio inclui siglas como o Republicanos, partido dele; o PL, casa do bolsonarismo; o robusto PSD de Gilberto Kassab; e o MDB. Nessas siglas, políticos concordam que, evidentemente, os partidos federados conseguirão se sentar à mesa com mais poder de barganha — com ou seu Tarcísio na chapa. Nas disputas majoritárias, a eleição de 2026 vai definir governador e vice e dois senadores.
Feitas as contas, em número de prefeitos, o PSD de Kassab saiu das urnas paulistas de 2024 como a maior força no estado, com 206 prefeitos, seguido por PL, com 104, e Republicanos, com 83. O MDB elegeu 67. Se haviam ficado para trás, com 34 prefeitos do União e 47 do PP, as duas siglas agora somam 81 e ombreiam com o partido do governador.
Em número de deputados federais paulistas, os partidos da federação têm dez, superados somente pelos 16 do PL de Jair Bolsonaro. PSD, MDB e Republicanos possuem cinco deputados cada.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a federação soma 12 cadeiras, enquanto o PL tem 19 deputados estaduais, o Republicanos, oito, e o PSD e o MDB, quatro cada.
Caso o governador não concorra à reeleição e parta para uma disputa à Presidência com apoio de Bolsonaro, têm sido cogitados para sua sucessão nomes como os do vice-governador, Felício Ramuth, do PSD; do presidente da Alesp, André do Prado, do PL; do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB; e o do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, do PP.