Federação de boxe suspende argelina e introduz testes genéticos

ROMA, 30 MAI (ANSA) – A World Boxing, entidade que comanda o boxe olímpico desde fevereiro, anunciou nesta sexta-feira (30) que passará a exigir a realização de testes genéticos para determinar o gênero dos atletas.   

A polêmica norma, de acordo com a federação, entrará em vigor a partir da próxima semana, quando começará um torneio de boxe em Eindhoven, na Holanda.   

Em um comunicado, a World Boxing declarou que as testagens têm como objetivo “garantir a segurança de todos os participantes e proporcionar uma competição com igualdade de condições para homens e mulheres”.   

A argelina Imane Khelif, medalhista de ouro nas Olimpíadas de Paris, na França, foi suspensa da categoria feminina e não poderá competir em Eindhoven ou de qualquer torneio da World Boxing até passar pelo exame genético.   

A entidade, criada por iniciativa do Comitê Olímpico Internacional (COI) em oposição à Associação Internacional de Boxe (IBA), garantiu que a medida “reflete preocupações com a segurança e o bem-estar de todos os pugilistas”.   

A atleta foi protagonista involuntária de uma das maiores polêmicas dos Jogos de 2024 devido ao seu hiperandrogenismo. O caso que girou em torno da argelina começou após o sorteio que colocou a italiana Angela Carini e Khelif frente a frente nas oitavas de final.   

Na ocasião, a europeia acabou desistindo do combate em menos de um minuto, após ter levado um soco no nariz. (ANSA).