Fed cita moderação da inflação dos EUA em 2024 em relatório de política monetária

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) avaliou que a inflação ficou um pouco mais moderada no ano passado, depois de ter abrandado significativamente em 2023, mas permanece um pouco acima da meta do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de 2%. As observações constam do relatório semestral preparado pelos dirigentes do BC dos EUA, divulgado nesta sexta-feira, 7 .

No documento, o Fed citou que o aperto do mercado de trabalho continuou diminuindo, mas que parece ter se estabilizado, com a taxa de desemprego em um nível relativamente baixo durante o segundo semestre do ano passado.

A taxa de desemprego terminou 2024 em 4,1%, um patamar baixo diante dos padrões históricos, segundo o BC norte-americano.

O Produto Interno Bruto (PIB) real aumentou solidamente no ano passado, apoiado pela força dos gastos dos consumidores, segundo o documento. O Fed cita que o crescimento do PIB deve ter sido de 2,5% no ano passado.

No documento, o BC americano diz que o Fomc está fortemente empenhado em apoiar o máximo emprego e devolver a inflação ao seu objetivo, reiterando a meta de 2%. As autoridades permanecem atentas aos riscos para ambos os lados do seu duplo mandato.

Ao considerar a extensão e o momento dos ajustes adicionais às taxas dos Fed Funds, o comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução perspectivas e o equilíbrio de riscos, pontua o texto.

Após a apresentação do relatório, o presidente do Fed é chamado, habitualmente, para um depoimento oral sobre o relatório ao Comitê de Bancos, Habitação e Assuntos Urbanos do Senado e ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes.

Ganho salarial

O Federal Reserve ponderou que, dado o maior reequilíbrio da procura de trabalho e oferta no ano passado, o mercado de trabalho nos Estados Unidos já não parece especialmente apertado, de acordo com relatório semestral.

Em documento divulgado nesta sexta-feira, o Fed salienta que “refletindo este equilíbrio adicional, os ganhos salariais nominais continuaram a abrandar em 2024 e estão agora mais próximos do ritmo consistente com uma inflação de 2% no longo prazo”.

Para os dirigentes, os aumentos da oferta de mão de obra parecem ter se tornado mais lentos.

As medidas das expectativas de inflação a longo prazo estão dentro da faixa de valores visto na década anterior à pandemia e continuam a ser amplamente consistentes com a meta de longo prazo de inflação, segundo o documento.