O Federal Reserve dos EUA aumentou sua taxa básica de juros nesta quarta-feira (26) a seu nível mais alto desde 2001 para uma faixa entre 5,25% e 5,5%, após uma pausa na reunião anterior.

Os dirigentes do banco central, no entanto, não especificaram em seu comunicado se pretendem aumentar novamente os juros nos próximos meses ou se esta alta, a 11ª desde março de 2022, é a última do atual ciclo de ajuste monetário.

“O comitê continuará avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, disse a instituição ao fim da reunião de dois dias.

Como os mercados esperavam, o aumento da taxa chegou ao seu menor nível possível. Esse mecanismo de combate à inflação consiste em encarecer o crédito e, assim, desestimular o consumo e o investimento, o que eleva os preços.

A estratégia parece ter sido bem-sucedida já que a inflação atingiu o seu menor valor desde março de 2021, fixando em 3% em 12 meses em junho, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Entretanto, se mantém acima da meta do Fed de 2%, considerado como um patamar saudável para a economia.

A instituição também leva em consideração outra medida de inflação, o índice PCE, cujos dados de junho serão divulgados na sexta-feira (28).

As taxas ficaram em níveis próximos de zero para estimular a economia durante a crise pela pandemia de covid-19, até março de 2022, quando o Fed começou a elevá-las diante do aumento da inflação que atingiu o maior nível em 40 anos.

O mercado aguarda também os dados do PIB americano para o segundo trimestre, que serão divulgados na manhã de quinta-feira (27). A expectativa de projeção anual é de um crescimento de 2%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), que publicou suas previsões atualizadas de crescimento mundial na terça-feira (25), em comparação às últimas de abril, prevê um crescimento de 1,8% na maior economia do mundo este ano.

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