Secretário exonerado no Governo de Agnelo Queiroz (PT) no DF, denunciado por suspeitas de cobrar passagens aéreas e de ônibus de concessionárias do GDF para o partido, Vitor de Abreu Corrêa retornou em grande estilo.

Ele foi escalado pelo novo presidente da Fecomércio, José Aparecido Freire, para administrar um orçamento de R$ 150 milhões no SENAC como diretor de contratos.

José Aparecido foi afastado da presidência da Fecomércio-DF, mas conseguiu retornar porque a condenação de fraude à licitação prescreveu.

Os laços entre Aparecido e Vitor são antigos. Ainda no governo Queiroz, Corrêa criou o Cartão Material Escolar, que hoje gera cerca de R$ 30 milhões por ano de receita para as livrarias e papelarias do DF.

O projeto contou com apoio do Sindipel, que representa o setor e que é presidido pelo presidente da Fecomércio. Aliás, que coincidência, Aparecido é dono de papelaria.

A Fecomércio do DF informou que “não existe apontamento que desautorize a contratação de Vitor Corrêa”. E explicou que a indicação dele “se justifica pela sua vasta experiência em setores estratégicos da administração pública”.

Mas não explica sua falta de experiência ou formação para ocupar a função de diretor de licitações e contratos.