Uma associação de defesa dos direitos dos consumidores da Itália apresentará uma denúncia ao Ministério Público de Roma após o Coliseu, monumento mais frequentado da cidade, ter sido fechado antecipadamente para uma visita privada do presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, e da segunda-dama americana, Usha Vance.
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O episódio ocorreu no último sábado (19) e gerou protestos de turistas que já tinham ingresso comprado e aguardavam na fila.
Usha acabou fazendo o tour sem o marido, que de última hora decidiu permanecer na embaixada dos EUA na capital italiana.
“Trata-se de uma falta de respeito em relação aos muitos turistas que tinham comprado ingresso e daqueles que estavam na fila para entrar no Coliseu”, disse Carlo Rienzi, presidente da Codacons, entidade conhecida na Itália por acionar frequentemente a Justiça em defesa dos consumidores.
Recentemente, a associação foi o estopim para o escândalo da suposta fraude envolvendo falsas campanhas beneficentes protagonizadas pela influenciadora de moda Chiara Ferragni.
“Queremos entender se o episódio [do fechamento do Coliseu] pode apresentar hipóteses penalmente relevantes, como a possível interrupção de serviço público em prejuízo dos usuários. Por tal motivo, apresentaremos na terça-feira [22] uma ação pedindo a abertura de uma investigação sobre o caso”, acrescentou Rienzi.
Fontes do Ministério da Cultura da Itália garantiram que quem tinha ingresso e não conseguiu entrar no monumento será reembolsado e que a decisão de fechar a arena de 2 mil anos para a visita privada da família Vance foi tomada pelas autoridades de segurança.
(ANSA).