Atleta do Real Madrid, o goleiro Keylor Navas é o titular do gol da Costa Rica (Crédito:AFP)

Uma equipe que atua no esquema 5-4-1, é experiente e difícil de se bater. Esta é a Costa Rica, segunda adversária da seleção brasileira na Copa do Mundo, segundo o estudo de desempenho desenvolvido pelos analistas do Núcleo de Inteligência de Futebol ao Avaí, clube de Santa Catarina.

Neste domingo, Tite e sua comissão técnica conheceram como vem jogando o time da América Central, uma das sensações do Mundial disputado no Brasil em 2014.

A base do time que deve começar a competição na Rússia é e mesma que chegou nas quartas de final e só foi eliminado pela Holanda nos pênaltis. “Da equipe titular de 2014, nove atletas permanecem”, disse Ricardo Henry, coordenador do grupo do Avaí.

Tite viu uma apresentação que é o resumo de 20 partidas analisadas em detalhes. Os analistas (três estagiários da Universidade Federal de Santa Catarina, um auxiliar técnico da equipe avaiana Sub-20 e um profissional saído da CBF Academy) dissecaram “Los Ticos” em 10 confrontos pelas eliminatórias da Concacaf, cinco da Copa Ouro e cinco amistosos.

Os números mostram que o técnico Óscar Ramirez montou um esquema forte na marcação e perigoso no contra-ataque. Nos jogos das eliminatórias, a Costa Rica saiu na frente nove vezes. Só começaram perdendo para o Panamá, quando já estavam classificados para Moscou/2018.

Outro detalhe: nos jogos (amistosos e Copa Ouro) em que os costa-riquenhos saíram perdendo, eles conseguiram o empate.

O próprio treinador Ramirez andou lembrando do perigo que sua equipe representa. “Lembrem-se do que aconteceu com a Itália em 2014”, disse depois do sorteio dos grupos da Copa da Rússia. Aqui no Brasil, “Los Ticos” bateram o Uruguai e a Itália, além de empatarem com a Inglaterra, tirando os italianos da competição ainda na fase de grupos.

Até enfrentar o Brasil na Rússia, a Costa Rica fará três amistosos. Começa em casa enfrentando a Irlanda do Norte (03/06). Depois vai encarar Inglaterra (07/06) e Bélgica (11/06). Estes jogos serão observados pela comissão técnica.

OS ESTUDOS DE SUÍÇA E SÉRVIA

Nesta segunda-feira, enquanto os 20 jogadores que se apresentam no centro de treinamento na Granja Comary são submetidos a exames clínicos e avaliação física, Tite e seus homens vão conhecer em detalhes como joga a Suíça, adversária de estreia do Brasil na Russia 2018, no dia 17 de junho. Os suíços, especialistas em marcação, foram dissecados pelo pessoal de desempenho do Grêmio.

E na terça será a vez do profissionais do Sport Recife apresentaram o estudo da Sérvia, terceiro oponente na fase de grupos.

O TRABALHO NA COMARY

Durante a semana, os atletas vão trabalhar com bola a partir de quinta-feira. Defesa de um lado, ataque de outro. O time vai treinar princípios táticos, variações com bola rolando ou lances de bola parada.

Nos trabalhados específicos, Sylvinho e Fernando Lazaro vão cuidar do sistema defensivo. Cléber Xavier e Matheus Bacchi olham pelo ataque. Serão jogadas ensaiadas, posicionamento e movimentação. Tite entra quando o time treina inteiro, fazendo transição da defesa para o ataque e se posicionando quando a bola estiver com o oponente.

Não haverá treino coletivo. Tite não gosta e não usa há anos. Nem deixa os jogadores disputarem os “rachões”. Ele prefere 11 contra 11 em campo reduzido.

Na última quarta-feira, a comissão técnica fechou o estudo da Croácia, equipe que a seleção vai enfrentar em amistoso no dia 3 em Liverpool, Inglaterra.

Os jogadores só vão conhecer os relatórios de como jogam Suíça, Costa Rica e Sérvia quando estiverem no CT do Tottenham, em Londres;.