Veja o que muda para o viajante devido ao surgimento de novos casos de febre amarela no País.

1 – Quando o viajante deve tomar a vacina contra febre amarela?

A vacina é essencial para quem viaja a áreas endêmicas dentro do País. Segundo o Ministério da Saúde, hoje elas são: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Algumas delas, porém, apresentam mais riscos do que outras. E também para alguns países que exigem o certificado internacional de vacinação – Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) – como forma de se protegerem da disseminação da doença.

[posts-relacionados]2 – Quais países exigem o certificado?

A lista atual tem mais de cem países. Depois dos recentes casos de contaminação no Brasil, essa lista aumentou e Panamá, Nicarágua, Venezuela, Costa Rica, Equador e Cuba passaram a exigir a vacina de brasileiros. Saiba quais são os outros em bit.ly/vercivp.

3 – Quanto tempo leva para a vacina começar a fazer efeito?

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Segundo a Anvisa, a proteção esperada da vacina pode demorar de 10 dias a seis semanas. Aliás, o certificado só é aceito para a viagem se a vacina for tomada dez dias antes do embarque.

OMS coloca Estado de São Paulo em área de risco para febre amarela

4 – Com a campanha da dose fracionada da vacina contra a febre amarela nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e no Estado da Bahia, o que muda para os viajantes? 

A Organização Mundial de Saúde exige que o viajante tenha tomado uma única dose integral para obter o certificado. Com a nova campanha de vacinação fracionada (feita com um décimo do conteúdo da vacina integral), será necessário que o viajante que ainda não está imunizado vá aos postos de saúde munido, além de carteira de vacinação, do comprovante da viagem para poder tomar a dose integral.

5 – Quem tomou a vacina em dose integral há mais de dez anos deve tomar de novo?

Desde 2017, o Ministério da Saúde adota a resolução da OMS: apenas uma dose é suficiente para proteger durante a vida toda. Sobre a possibilidade de contaminação mesmo tendo tomado a vacina, o Ministério da Saúde diz que “algumas pessoas podem não desenvolver anticorpos suficientes para proteger contra a doença, essa é uma situação rara, mas pode acontecer, por isso destacamos que a imunidade é entre 95% a 99%, ou seja, essa variação de 5% significa que não vai proteger entre 1% a 5% da população mesmo sendo vacinada.” Apesar da polêmica em torno do número de doses, do ponto de vista burocrático e internacional, os viajantes precisam ter tomado apenas uma dose integral na vida para obter o certificado.

6 – Quem não pode tomar a vacina? Crianças e idosos têm restrições?

A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, pessoas imunossuprimidas e com reação alérgica a ovo. Idosos acima dos 60 anos, gestantes, pessoas portadoras do vírus HIV ou com doenças hematológicas devem consultar um médico antes de se vacinar. Além dos viajantes, outros grupos terão de tomar a dose integral: crianças de nove meses a menores de dois anos e pessoas em condições clínicas especiais (que, antes, devem consultar o médico).

7 – Onde posso tirar meu certificado de vacinação internacional?

Nos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante (veja opções em bit.ly/centroscivp). É preciso ir pessoalmente ao local e levar RG, passaporte ou CNH e a carteira de vacinação. O serviço é gratuito. Para quem perdeu a carteira de vacinação ou o comprovante da dose contra a febre amarela, a recomendação é tentar ir ao posto onde a vacina foi dada para obter uma segunda via do documento.

8 – Além da vacinação, quais outras maneiras de se proteger?


Além de estar vacinado, as pessoas podem evitar a picada do mosquito silvestre transmissor da doença com medidas de prevenção como uso de repelentes, roupas compridas e telas de proteção nas janelas, por exemplo.


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