O atirador da boate gay de Orlando e sua esposa trocaram mensagens durante o ataque, de acordo com autoridades norte-americanas, que ainda estão avaliando se vão acusá-la por crime após o massacre.

Durante o ataque e o confronto com a polícia, Omar Mateen estava ocupado em seu celular, ligando para os policiais, para uma emissora de TV local e postando declarações de apoio ao grupo terrorista Estado Islâmico no Facebook, condenando o bombardeio por parte dos americanos contra posições dos jihadistas na Síria.

Ele também mandou uma mensagem para sua esposa, Noor Salman, dizendo “eu te amo”, de acordo com os investigadores.

Com o atirador morto, sua viúva é agora a mais importante testemunha e suspeita na investigação. Salman vem conversando com a Agência Nacional de Investigação (FBI, na sigla em inglês) por dias, dizendo que tinha razões para acreditar que ele queria cometer o crime e que ela tentou convencê-lo a recuar, mas a veracidade dessas afirmações e a extensão do seu conhecimento ainda permanecem incertos, dizem os oficiais.

Acusar familiares ou amigos de um atirador na esteira de um massacre pode ser complicado para promotores.

Se as autoridades decidirem acusá-la, seria, provavelmente por cumplicidade de um crime, cuja pena é de apenas três anos de prisão para uma pessoa que falha em denunciar um criminoso às autoridades. Os oficiais alertaram que a decisão final sobre a acusação foi feita, e ainda é possível que ela não seja acusada.

Os agentes ainda estão estudando procurando possíveis evidências de que ela possa ter conspirado ativamente com Mateen para ajudá-lo a conduzir os ataques. Até agora, eles encontraram pouca coisa. Fonte: Dow Jones Newswires