FBI diz que Epstein se suicidou e não tinha ‘lista de clientes’

NOVA YORK, 7 JUL (ANSA) – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI concluíram nesta segunda-feira (7) que não têm evidências de que o bilionário Jeffrey Epstein, encontrado morto na prisão em 2019, chantageou figuras poderosas, manteve uma “lista de clientes” ou foi assassinado.   

A informação foi divulgada pelo portal norte-americano Axios, que detalhou um memorando sobre as descobertas das investigações.   

Epstein foi acusado de comandar uma rede de exploração sexual e de abusar de mais de 250 menores de idade. Além disso, mais de 180 nomes foram mencionados em documentos judiciais ligados a um processo aberto por Virginia Giuffre, uma das principais acusadoras de Epstein, contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada do empresário e presa por ajudá-lo a abusar de meninas.   

As pessoas citadas por Epstein não necessariamente foram cúmplices em seus crimes, mas teriam sido chantageadas. Entre elas estavam nomes de peso, como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o ex-mandatário Bill Clinton, além de príncipe Andrew, do músico Michael Jackson, do astrofísico Stephen Hawking e do mágico David Copperfield.   

Segundo o Axios, o governo de Trump divulgou horas de supostas filmagens que comprovam que ninguém entrou na prisão onde Epstein estava detido na noite de sua morte, em 2019, em Manhattan. Desta forma, isto confirma a conclusão do legista de que Epstein cometeu suicídio.   

As conclusões contradizem as teorias da conspiração que circulam há anos e das quais o número um do FBI, Kash Patel, era um dos apoiadores, de que Epstein foi assassinado para ocultar o envolvimento de funcionários do governo, celebridades e líderes empresariais.   

De acordo com o relatório, os investigadores examinaram atentamente as imagens da cela de Epstein na prisão de Manhattan, entre 22h40 do dia 9 de agosto de 2019, quando ele estava trancado, e por volta das 6h30 do dia seguinte, quando foi encontrado inconsciente.   

“O FBI aprimorou as filmagens relevantes aumentando seu contraste, equilibrando as cores e melhorando sua nitidez para maior clareza e visibilidade”, diz o documento, enfatizando que as imagens “não mostraram ninguém entrando na área”.   

Por fim, as autoridades norte-americanas reforçam que não encontraram “nenhuma ‘lista de clientes’ incriminadora” de Epstein, “nenhuma evidência confiável” de que ele chantageou indivíduos proeminentes” e nenhuma “evidência que pudesse fundamentar uma investigação contra terceiros não acusados”.   

(ANSA).