O FBI informou aos passageiros que estavam a bordo da aeronave Boeing da Alaska Airlines – que sofreu uma falha em pleno voo – que eles podem ter sido vítimas de um crime, conforme relataram os meios de comunicação americanos nesta sexta-feira (22).

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou no início do mês a abertura de uma investigação criminal sobre o incidente quase catastrófico de 5 de janeiro, quando uma porta cega do avião se soltou no ar.

Ninguém ficou gravemente ferido, mas a aeronave 737 MAX 9 teve que fazer um pouso de emergência. Imagens do incidente mostraram a situação terrível dos passageiros sentados ao lado do buraco deixado pela porta a fuselagem.

A peça, conhecida como porta cega, caiu no pátio de uma residência nos subúrbios.

Após o incidente, modelos com configurações semelhantes foram temporariamente retirados de serviço, o que resultou em milhares de voos cancelados.

“Como especialista da unidade de vítimas da Divisão de Seattle, estou entrando em contato porque identificamos que você pode ser vítima de um crime”, diz a carta do FBI enviada aos passageiros, de acordo com o jornal Seattle Times.

“Este caso está sob investigação do FBI”, acrescenta a carta.

“Uma investigação criminal pode levar tempo e, por várias razões, não podemos fornecer mais informações sobre isso no momento”.

Os investigadores federais afirmam que faltavam os parafusos que deveriam fixar a porta.

A Boeing, gigante da aviação, recebeu críticas por atrasar a investigação, após a Junta Nacional de Segurança no Transporte afirmar no início de março que não havia recebido documentos essenciais ou os nomes dos funcionários da Boeing que trabalharam nessa parte específica.

“Não temos os registros. Não temos os nomes das 25 pessoas responsáveis por esse trabalho naquela instalação”, disse Jennifer Homendy, chefe da junta, a senadores americanos.

“É absurdo que, dois meses depois, não tenhamos isso”, acrescentou.

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