Está no material de 1917 que a Universal distribuiu à imprensa. “Que fique bem claro que 1917 não foi filmado com uma tomada só, mas com uma série de tomadas longas sem cortes que puderam ser ligadas de uma forma natural que dão a impressão de ser uma tomada contínua. Como não há cortes nas cenas, o espectador, assim como os dois soldados protagonistas, não tem a chance de se desconectar da missão que tem à sua frente. Embora Sam Mendes tenha feito a cena de abertura de 007 Contra Spectre em tomada contínua, fazer um filme inteiro dessa maneira foi uma experiência nova para todos, inclusive o diretor. Ele diz: “Nunca me vi em uma situação em que começássemos a filmar na segunda-feira e eu tivesse certeza absoluta de que o material filmado na segunda-feira seria usado no filme”.

Por se tratar de um experimento, e raro, a publicidade e a divulgação de 1917 têm sido baseadas nas particularidades de sua filmagem. O trailer incorpora trechos da filmagem às próprias cenas que são mostradas como aperitivos, e na internet o espectador encontra – no YouTube – farto material de making of. Vale a pena assistir a cenas que mostram a câmera na mão, transferida para carros e suspensa por fios para tomadas mais abertas, tudo dentro do mesmo movimento, sem interrupção.

O filme concorre a dez indicações para o Oscar, entre elas melhor filme, direção e fotografia – de Roger Deakins. Ele foi indicado 15 vezes para o prêmio da categoria no Oscar. Venceu apenas uma – por Blade Runner 2049, em 2018. Deakins fotografou muito para os irmãos Coen (Fargo, O Homem Que Não Estava Lá, Onde os Fracos Não Têm Vez, Bravura Indômita) e, com Sam Mendes, havia capturado as imagens de 007 – Operação Skyfall.

Em sucessivos depoimentos, ele tem contado que um dos maiores desafios em 1917 foi a temperatura, ou foram as condições climáticas. Filmar com nuvens ou sem nuvens, com muito ou pouco sol, tudo era complicado em termos de continuidade, mas nada que tenha sido impossível de resolver.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.