O Uruguai se nega a assumir o seu favoritismo, mas a goleada por 4 a 0 sobre o Equador e a grande atuação exibida no duelo do último domingo, no Mineirão, mostraram que o time comandado por Óscar Tabárez é fortíssimo postulante ao título desta Copa América realizada no Brasil.

A seleção uruguaia terá uma ótima chance de dar nova demonstração de sua força nesta quinta-feira, quando encara o Japão, às 20 horas, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, na abertura da segunda rodada do Grupo C do torneio.

Com um time cheio de jovens e que usa a competição como laboratório para a Olimpíada de 2020, em Tóquio, os japoneses foram batidos por 4 a 0 pelo Chile, na última segunda-feira, no Morumbi, em São Paulo, e dificilmente terão força para segurar o poderoso ataque formado por Suárez e Cavani.

Ao comentar sobre a dupla, que balançou as redes por uma vez cada na estreia diante dos equatorianos, Tabárez afirmou nesta quarta-feira que os dois goleadores “estão em uma etapa de plenitude futebolística, estão bem fisicamente e têm uma maturidade grande”.

O treinador, porém, manteve os pés no chão ao projetar o duelo desta quinta, pois conhece bem as armadilhas do favoritismo. E ele fala com a experiência de quem também dirigiu o time nacional na última vez em que o Brasil abrigou a Copa América, em 1989, quando os uruguaios foram batidos pelos donos da casa por 1 a 0 no jogo que valeu o título do torneio, no Maracanã.

“Sempre pensamos no jogo imediato que temos a disputar. E assim vamos encarar o Japão. Queremos passar à fase seguinte e, se possível, disputar outros três jogos”, disse Tabárez, em coletiva na Arena do Grêmio, se referindo às quartas de final, à semifinal e à decisão, que será novamente no Maracanã.

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Para este confronto, o técnico não terá o volante Vecino, que se lesionou na estreia e está fora da Copa América. Torreira, que treinou como titular nesta quarta-feira, deve ser o seu substituto. Valverde, que também foi testado na equipe, corre por fora como opção.

No Japão, o técnico Hajime Moriyasu afirmou nesta quarta-feira que “buscará a vitória”, mas admitiu: “Um empate também já seria muito importante para nós”. O comandante também enfatizou a importância de os japoneses não ficarem apenas se defendendo. “Seria um erro fazer isso desde o início e não atacar”, ponderou o treinador, ciente de que precisa ao menos tentar surpreender os uruguaios.

Depois desta partida na capital gaúcha, a segunda rodada do Grupo C da Copa América será fechada na sexta-feira com o duelo entre Equador e Chile, às 20 horas, na Arena Fonte Nova, em Salvador.


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