Faustão aguardava novos órgãos há um ano; saiba como funciona a fila de transplante

Apresentador recebeu fígado e rim em novo procedimento realizado nesta semana

Globo/Fábio Rocha
Faustão Foto: Globo/Fábio Rocha

Fausto Silva, o Faustão, passou por dois transplantes nesta semana, no Hospital Israelita Einstein, em São Paulo. O apresentador, de 75 anos, recebeu um novo fígado e passou por um retransplante renal, conforme informou a equipe médica à imprensa.

A cirurgia ocorreu durante a última internação do comunicador para tratar uma infecção bacteriana resistente e uma sepse — infecção generalizada.

De acordo com o boletim, os transplantes só “ocorreram após o Einstein ser acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo e confirmar a compatibilidade dos órgãos doados por doador único”.

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Mas afinal, como funciona a lista de transplante no Brasil?

A lista atende todos os pacientes, independentemente de serem do Sistema Único de Saúde (SUS) ou rede privada. A organização da fila segue critérios médicos que definem a ordem de prioridade.

A compatibilidade sanguínea é o primeiro fator a ser analisado. Depois disso, há o teste de compatibilidade de peso, altura e genética entre doador e receptor.

Vale ressaltar que cada tipo de órgão tem critérios de gravidade próprios, sendo assim, a ordem da fila pode mudar durante o processo de espera pelo órgão a ser doado.

Outro fator importante: quando dois ou mais pacientes apresentam características similares, a ordem de cadastro na lista serve como critério final.

Exceções

Pacientes que apresentam maior risco de morte passam na frente de todos com quadro clínico considerado estável. Estão dentro das exceções pacientes que não conseguem mais fazer diálise, tem falência hepática ou está rejeitando um órgão que já foi transplantado anteriormente.

Transplante de Faustão

Faustão passou pelo primeiro transplante de órgãos em agosto de 2023, quando recebeu um novo coração devido a uma insuficiência cardíaca.

Cerca de seis meses depois, em fevereiro de 2024, o apresentador passou por um novo transplante, dessa vez de rim, pois os órgãos estavam comprometidos desde a época do primeiro procedimento.

Na ocasião, ele aguardou dois meses na fila até receber o novo órgão. Já em relação aos transplantes realizados nesta semana, o comunicador veterano aguardava na fila há um ano, de acordo com boletim do hospital.

Transplantes em números

O Brasil realizou 5.755 transplantes de órgãos em 2025, até o início do mês de agosto, segundo informações do site do Ministério da Saúde do Governo Federal.

A maioria foi de rins, com 3.847 procedimentos. Em segundo lugar ficaram os transplantes de fígado, com 1.516 cirurgias.

Todo esse sistema é coordenado pelo Ministério da Saúde, que organiza desde a captação dos órgãos até a distribuição para os hospitais.