Com o consumo doméstico compensando o desempenho negativo das exportações, a indústria nacional de máquinas e equipamentos fechou janeiro com crescimento de 38,5% do faturamento na comparação com o primeiro mês do ano passado.

No total, a receita líquida do setor somou R$ 12,56 bilhões no mês passado, o que representa o melhor início de ano desde 2015, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira pela Abimaq, a entidade que representa o setor. Na comparação com dezembro, contudo, houve queda de 9,3% no montante faturado.

Ao comentar o resultado, a Abimaq avaliou que o setor mostra aquecimento em relação ao padrão dos últimos anos, mas ainda abaixo da média do período de bonança (2010 a 2013). A expectativa é de que as vendas internas continuem positivas. Porém, a recuperação das exportações ainda é incerta, diz a Abimaq.

O faturamento das fábricas de bens de capital mecânicos com vendas domésticas (R$ 9,63 bilhões) mostrou alta expressiva de 50,8% em relação a janeiro de 2020. Ainda assim, ficou 1,8% abaixo de dezembro.

O resultado reflete o aumento de 23,6%, no comparativo anual, do consumo aparente, que inclui, além das vendas da indústria nacional, a queda de 7,5% das importações. No mês passado, mostra o levantamento da Abimaq, o Brasil importou US$ 1,39 bilhão em máquinas e equipamentos, 6,4% a mais do que dezembro.

Como as exportações tiveram queda inferior no comparativo anual (1,6%), o déficit comercial do mercado de máquinas no mês ficou em US$ 843 milhões, 11% a menos do que no mesmo período de 2020.

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O balanço da Abimaq revela ainda que a indústria de máquinas terminou janeiro empregando 330 mil pessoas, 1,3% a mais do que dezembro. Em relação a janeiro do ano passado, a ocupação no setor subiu 8,2%.

No mês passado, as fábricas de máquinas e equipamentos usaram 74,7% da capacidade instalada, nível acima dos 73,7% de janeiro de 2020.


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