A despedida de Christopher Bailey e os chaveiros-donuts foram alguns dos destaques da Semana da Moda de Londres, que terminou nesta terça-feira depois de cinco dias dedicados às coleções femininas de outono-inverno 2018-19.

– Burberry: bye bye Bailey –

Um capítulo da história da Burberry foi encerrado com o último desfile sob a batuta do estilista Christopher Bailey, que deixa no final de 2018 a famosa marca britânica que ele transformou em uma gigante do luxo.

O estilista britânico de 46 anos aproveitou a oportunidade para mostrar uma coleção muito pessoal em homenagem à comunidade LGBT em um grande desfile para 1.300 convidados.

O mistério sobre quem vai substituir Bailey continua. Os favoritos são Phoebe Philo (ex-Céline) e Kim Jones (ex-Louis Vuitton), segundo a imprensa especializada.

– Estampa Paisley –

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A estampa “Paisley”, de inspiração oriental – que leva o nome da cidade escocesa onde no século XIX era curtida a lã de Caxemira -, dominou as camisas de babados de J.W. Anderson, a marca de Jonathan Anderson, um dos estilistas britânicos mais celebrados.

Mary Katrantzou, especialista em estampas, também usou a Paisley para enfeitar seus casacos e calças rosados e dourados. Margaret Howell usou a estampa em vestidos “vintage” de comprimento até os joelhos, combinados con meias pretas e sapatos urbanos.

Outras estampas apareceram, como flores no estilo natureza morta na marca Preen, figuras abstratas e minimalistas na Roksanda e selos postais na passarela da Temperley London.

– Mundo rosa –

O cor-de-rosa triunfou nas passarelas da Semana de Moda, em muitos tons e variações. Muito popular no momento, o “millenial pink”, ou “rosa do milênio”, um tom de rosa apagado, marcou presença, junto com o rosa quartzo, que trouxe cor aos vestidos de JW Anderson, Emilia Wickstead e Molly Goddard.

Na passarela da marca Nicopanda, o rosa iluminou as minissaias em tecido de aspecto esponjoso, cobertas de guirlandas douradas.

Wiser, Roksanda e Jasper Conran exploraram o amarelo, vibrante na primeira e em tom ocre na segunda.

– “So sexy” –

As mulheres da Semana de Moda são independentes e orgulhosas de sua feminilidade e sensualidade.

Nesse aspecto, Christopher Kane ganhou a batalha com um vestido vermelho extremamente curto e transparente em um look “femme fatale”.

O estilista escocês usou também estampas com imagens de mulheres em pleno orgasmo, extraídas das ilustrações do ‘best-seller’ de Alex Comfort, “A Alegria do Sexo” (1972).


Na passarela do estilista francês Roland Messer, as mulheres revelavam sutilmente ligas coloridas e decotes.

– Acessórios fora do comum –

Chaveiros de donuts surgiram na passarela de JW Anderson, que também mostrou pompons em forma de orelhas de coelho enfeitando suéteres.

O britânico Matty Bovan, que desfilou pela primeira vez, mostrou chapéus com globos infláveis.

A estilista turca gótico-punk Dilara Findikoglu enfeitou as cinturas de suas modelos com objetos antigos, de talheres de prata até fotos em branco e preto.

Menos divertido, mas muito mais prática para a autodefesa, era a máscara coberta de pregos de Gareth Pugh, mestre na arte da provocação.

O “prêmio” para o look mais difícil de usar foi para Edwin Mohney, jovem estilista americano formado pela famosa escola de moda londrina de Saint Martins, que causou alvoroço com um vestido rosa em formato de preservativo gigante.


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