As redes sociais como o Twitter e o Instagram se tornaram um ambiente com ampla divulgação de mensagens apoiando o movimento antirracismo, que ganhou força após o assassinato de George Floyd por um policial. E a movimentação nas redes chegou inclusive aos fãs de k-pop, gênero de música pop produzido por grupos da Coreia do Sul.

Na quarta-feira, 3, surgiram as hashtags #WhiteLivesMatter (Vidas Brancas Importam) e #BlueLivesMatter (Vidas Azuis Importam, em referência a policiais) como forma de questionar e contestar as manifestações que surgiram nos Estados Unidos, com a frase “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam). Como forma de enfraquecer esses conteúdos, os fãs de k-pop se organizaram para realizar uma prática já conhecida no Twitter.

É comum que esses fãs publiquem as chamadas fancams, basicamente montagens que reúnem vídeos e fotos para homenagear um determinado cantor ou grupo musical. Esses vídeos já eram publicados em respostas a outras publicações na rede como forma de obter visualizações, e se tornaram uma forma de diluir o conteúdo das novas hashtags.

A estratégia foi repetida para tirar do ar um aplicativo lançado pela polícia da cidade de Dallas, nos Estados Unidos, em que pessoas podiam enviar vídeos e informações sobre manifestações para fazer denúncias. O aplicativo foi retirado do ar no mesmo dia do lançamento.

A ação dos k-popers, como são conhecidos, acabou sendo elogiada nas redes sociais, e as hashtags seguem recebendo conteúdos de fancams e outras imagens de cantores e grupos de k-pop.