FAO projeta produção mundial recorde de cereais em 2025

A produção mundial de cereais pode subir para 2,92 bilhões de toneladas em 2025, um nível recorde impulsionado pelas boas perspectivas de rendimento do milho, do arroz e do trigo, de acordo com um relatório da FAO publicado nesta sexta-feira (4).

“Espera-se que a produção mundial de cereais alcance um nível recorde” este ano, com um aumento de 2,3% em relação a 2024, principalmente devido “à melhoria das perspetivas para o trigo, o milho e o arroz”, os três principais cereais consumidos no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

A produção de trigo alcançaria “805,3 milhões de toneladas (+0,9% em relação ao ano anterior), graças a rendimentos superiores aos previstos na Índia e no Paquistão”, dois grandes consumidores deste cereal.

A produção mundial de milho também deve aumentar, “graças a condições favoráveis no Brasil e a uma área semeada maior do que a prevista na Índia, que compensa as diminuições na Ucrânia e na União Europeia causadas pelo clima seco e pela redução da área semeada”, acrescenta o relatório.

Ao todo, a produção dos chamados cereais “secundários”, que inclui o milho, a cevada e o sorgo, alcançaria 1,56 bilhão de toneladas, ou seja, um aumento de 3,5% em relação a 2024.

Por outro lado, a produção mundial de arroz deve atingir “um recorde de 555,6 milhões de toneladas (+1%), graças às projeções revisadas na Índia, Bangladesh, Paquistão e Vietnã, apesar da queda esperada no Iraque e nos Estados Unidos”.

Contudo, a agência da ONU advertiu que “as previsões de clima quente e seco em algumas regiões-chave produtoras podem ter um impacto no potencial de rendimento, em particular para o milho”.

A FAO considerou que a utilização global de cereais (alimentos, produtos químicos, combustíveis, etc.) também aumentará ligeiramente (+0,8%), em particular os chamados cereais secundários – em detrimento do trigo – e o arroz.

Concretamente, “o consumo de arroz aumentaria ainda mais, impulsionado pelo aumento da procura de alimentos e pela manutenção da produção de etanol na Índia”.

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