São Paulo, 08/06 – O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) encerrou em 172,6 pontos em maio passado, alta de 3,7 pontos (2,2%) ante abril e quase 16 pontos (10%) acima na comparação com maio de 2016. A recuperação no índice interrompe uma queda consecutiva de três meses. Com exceção do açúcar, todas as outras commodities usadas para calcular o indicador avançaram no mês passado.

Liderando os ganhos está o índice de lácteos, que encerrou em 193 pontos em maio, alta de 9,5 pontos (5,1%) ante abril e 51% acima na comparação com igual período do ano passado. Apesar dos ganhos, o índice ainda está 30% abaixo do seu pico em fevereiro de 2014. Todos os itens que compõe o indicador subiram no período. No caso da manteiga, a demanda firme na Europa e na América do Norte ajudou a dar sustentação aos preços.

Em segundo lugar ficaram os óleos vegetais, cujo indicador avançou 7,6 pontos (4,7%), para 168,7 pontos em maio. O desempenho para o mês, após quedas consecutivas nos últimos três, reflete os maiores preços para os óleos de palma e soja. Nos dois mercados, uma forte demanda atípica compensou as altas dos estoques globais no período.

O índice de preço de carnes ganhou 2,5 pontos (1,5%) em maio ante abril, para 171,7 pontos, dando continuidade à tendência altista que começou no início do ano. As cotações para a carne suína, bovina e ovina subiram, enquanto as de frango permaneceram estáveis.

O preço dos cereais subiu 2 pontos (1,4%) ante abril, para 148,1 pontos, mas ainda permanece 4,4 pontos (2,9%) abaixo do seu valor em igual período do ano passado. O desenvolvimento climático incerto e a comercialização fortalecida do trigo sustentaram os preços do cereal, enquanto a forte demanda por arroz de melhor qualidade elevou os preços internacionais do alimento.

Na contramão dos demais, o índice de preço do açúcar ficou em 227,9 pontos em maio, queda de 5,4 pontos (2,3%) na comparação com abril e alcançando seu menor nível em 13 meses. A commodity foi fortemente pressionada pela produção acima das estimativas no Brasil, combinada com a depreciação do real, que desestimula a produção de etanol ao tornar a exportação de açúcar mais vantajosa. (Cristian Favaro – cristian.favaro@estadao.com)

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