O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é o principal obstáculo para a libertação dos reféns ainda em Gaza, denunciou neste sábado (13) o Fórum das Famílias de Reféns, principal organização israelense que reúne os parentes das pessoas em cativeiro.
“A operação seletiva realizada no Catar demonstrou, sem sombra de dúvida, que existe um obstáculo para a libertação dos reféns e o fim da guerra: o primeiro-ministro Netanyahu”, escreveu em comunicado, referindo-se ao recente ataque israelense contra uma reunião de membros do Hamas no rico emirado do Golfo.
“Cada vez que um acordo se aproxima, Netanyahu o sabota”, denunciou esta organização, pouco depois de o premiê acusar os líderes do movimento islamista palestino Hamas de estender a guerra e frustrar os esforços para alcançar um cessar-fogo.
“Os chefes terroristas do Hamas que vivem no Catar não se preocupam com o povo em Gaza. Eles bloquearam todas as tentativas de cessar-fogo para prolongar a guerra indefinidamente”, declarou na rede social X.
“Livrar-se deles eliminaria o principal obstáculo para libertar todos os nossos reféns e encerrar a guerra”, acrescentou.
O Fórum de Familiares, no entanto, classificou a acusação como a última “desculpa” de Netanyahu para não trazer de volta os reféns.
“Chegou o momento de acabar com as desculpas destinadas a ganhar tempo para que ele possa se manter no poder”, afirmou.
Combatentes islamistas liderados pelo Hamas capturaram 251 pessoas durante os ataques de 7 de outubro de 2023 em Israel, que desencadearam a guerra em Gaza.
Quarenta e sete dos reféns continuam em Gaza, incluindo 25 que, segundo o exército, faleceram.
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