Familiares, amigos, torcedores, ídolos do Vasco e personalidades prestaram suas últimas homenagens a Antônio Soares Calçada, presidente mais vitorioso da história do clube, que faleceu na última segunda-feira e foi enterrado na tarde desta terça, no cemitério São João Batista, no Rio, onde o seu sepultamento ocorreu sob o som do tradicional grito de ‘casaca’.

Figuras importantes da história do clube, como os ex-jogador e ex-presidente vascaíno Roberto Dinamite, além de Sorato, Bebeto e Edu Coimbra (irmão mais velho de Zico) estiveram presentes. Também compareceu George Helal, ex-presidente do Flamengo.

Na Capela Nossa Senhora das Vitórias, situada dentro de São Januário, foram expostos durante o velório itens que contam parte da história de Calçada no Vasco, taças conquistadas e seu quadro do período em que esteve na presidência. Além disso, foram expostas coroas de flores enviadas como homenagens por familiares, amigos, personalidades e federações.

Calçada foi presidente vascaíno entre 1983 e 2000, período em que o clube conquistou 12 títulos, sendo um deles o da Copa Libertadores de 1998. Ao longo de 18 anos de sua gestão, a equipe cruzmaltina também faturou a Copa Mercosul de 2000, ganhou por três vezes o Brasileirão, em 1989, 1997 e 2000, ergueu seis troféus do Campeonato Carioca, em 1987, 1988, 1992, 1993, 1994 e 1998, e ainda levantou uma taça do Torneio Rio-São Paulo, em 1999.

O dirigente se tornou presidente de honra do Vasco após deixar de ser o principal cartola do clube e chegou a ser candidato a vice-presidente na eleição de 2017, quando fez parte da chapa do candidato Julio Brant, que acabou sendo derrotado por Alexandre Campello, atual mandatário vascaíno.

Calçada também se tornou o segundo dirigente de peso da história do Vasco a falecer em 2019. Ex-aliado do mandatário, Eurico Miranda morreu em março passado, aos 74 anos, vítima de um câncer no cérebro, quando também estava internado em um hospital do Rio. Polêmico, Eurico presidiu o clube de 2003 a 2008 e de 2015 a 2017, mas sua participação na gestão do time carioca foi muito além deste período, tendo cargos como presidente do Conselho Deliberativo e de vice-presidente de futebol, posto que ele ocupou de 1986 a 2001 durante a gestão de Calçada.