Familiares se tornaram os principais suspeitos na morte de um adolescente de 12 anos, que foi morto com um tiro na cabeça em outubro de 2020, no município de São José de Ribamar, no Maranhão.

Na época do assassinato, o pai do jovem registrou um boletim de ocorrência informando que a criança se matou, alegando que ao chegar em casa, encontrou o adolescente sem vida. Vizinhos também alegaram que a vítima estava sozinha na casa.

A Polícia Civil iniciou as investigações e não encontrou a arma do crime no local. Na época, os próprios parentes entregaram uma arma dizendo que teria sido usada na ocasião. A arma estava registrada no nome de um capitão reformado da Polícia Militar identificado como Walter Washington Teixeira, que era tio da vítima.

Walter prestou depoimento e afirmou que deixava a arma na casa do cunhado, mas que ele não estava no local do crime.

O delegado Jader Alves disse ao UOL que já existe a confirmação de que o adolescente não se suicidou, mas foi assassinado. “Posso dizer que, em hipótese alguma, o menino realizou algum disparo naquele dia. Laudos técnicos não encontraram nenhum vestígio de disparo nas mãos da vítima. Além disso, a arma que foi encontrada no local do crime não é a mesma que matou o adolescente. Fizeram um ‘teatro’ colocando outra arma perto da vítima”, falou ele.

Jader ainda contou que os depoimentos entre os familiares estão contraditórios. Os celulares do pai, da mãe, do tio e de uma avó já foram apreendidos para o decorrer das investigações. A verdadeira arma do crime ainda não foi localizada e a polícia não tem ideia do que teria motivado o assassinato do jovem.