Rio – A Secretaria Estadual de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência informou que a família de Willian Augusto da Silva, 20 anos, desistiu da gratuidade do sepultamento. O jovem foi morto por snipers do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), após sequestrar um ônibus na Ponte Rio-Niterói com 39 passageiros, nesta terça-feira.
De acordo com a pasta, equipes acompanharam a família ao IML, e eles decidiram que não irá dar entrada na gratuidade do sepultamento, pois a avó do sequestrador possui plano funeral e irá arcar com a despesa. O enterro será realizado nesta terça-feira, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.
A mãe de Willian soube pela televisão que o filho estava envolvido no caso. Quando os reféns estavam na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHSGN), familiares dele foram até as vítimas para lamentar o que tinha acontecido.

O SEQUESTRO
Willian foi morto por disparos feitos por atiradores de elite da Polícia Militar, depois de manter mais de 30 reféns em um ônibus da linha 2520 (Alcântara x Estácio) da viação Galo Branco, na Ponte. O sequestro começou com 39 pessoas mantidas no veículo e ao longo de cerca de 3h30, seis delas foram liberadas.

As investigações do caso estão sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A Polícia Civil não descarta totalmente a hipótese de que Willian tenha tido comparsas para praticar o crime, embora acredite ser mais provável que ele tenha agido sozinho.

Os policiais querem saber se o sequestrador tramou o crime pela Internet, já que foram identificados contatos suspeitos dele na Web. Uma das hipóteses é que ele tenha planejado o ataque recebendo instruções de redes sociais e da deep web (o submundo da internet).


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