ROMA, 21 NOV (ANSA) – A família do alemão Michael Schumacher revelou nesta quarta-feira (21) uma entrevista inédita do ex-piloto, gravada em outubro de 2013, antes dele sofrer o grave acidente de esqui nos Alpes Franceses, em comemoração ao seu aniversário de 50 anos, que será celebrado no dia 3 de janeiro de 2019. Na gravação exclusiva compartilhada nas redes sociais, o ex-piloto da Ferrari aparece sorrindo e falando sobre seu amor pela profissão, rivais, ídolos, além do campeonato mais emocionante da sua carreira. Para Schumacher, o título mais especial dos sete conquistados na Fórmula 1 foi o primeiro vencido ao volante de uma Ferrari, em 2000. “O campeonato mais emocionante foi sem dúvida o de Suzuka, em 2000, com a Ferrari. Depois de 21 anos sem títulos mundiais para a Ferrari e de quatro anos de jejum para mim, finalmente ganhamos, em uma corrida excepcional”, respondeu.   

O recordista de vitórias da Fórmula 1 ainda disse que sempre se preocupou em trabalhar e nunca ficou acomodado com suas conquistas.   

“Os recordes são uma coisa, e as dúvidas acredito que são muito importantes para você não ter uma confiança muito grande, para ser cético e buscar melhorar e dar o passo seguinte. Sempre pensei: Não sou muito bom. Tenho de trabalhar mais”.   

“A Fórmula 1 continua sendo um esporte difícil, um dos mais difíceis, apesar de ter sido muito mais do que antes, sempre requer muita preparação”, afirmou.   

Questionado sobre o piloto que mais respeitou, o alemão relembra que Mika Hakkinen foi o adversário com quem teve o melhor relacionamento. “Pelas grandes batalhas e uma relação privada muito estável”, explicou. Durante a entrevista, o heptacampeão também relembrou seus ídolos de infância e confessou que sua paixão não estava na F1.   

“Na minha época de karting, quando eu era jovem, acompanhava muito Ayrton Senna e Vincenzo Sospiri. Eu os admirava porque eram ótimos pilotos. Mas o meu ídolo era Toni Schumacher, porque era um grande jogador de futebol”, conta. Segundo Schumacher, a “chave do seu sucesso” foi entender que “para crescer é preciso não olhar apenas para si próprio, mas também para o carro, para os outros pilotos”. Ele destacou a importância do trabalho em equipe, “em qualquer situação da vida”, e explicou que “o talento é muito importante no automobilismo, como em qualquer outro esporte, mas é algo que se precisa trabalhar”. “O sucesso tem a ver com esse trabalho em equipe”, disse. Apesar da divulgação da entrevista após quase cinco anos, a família do ex-piloto continua mantendo segredo sobre seu atual estado de saúde. Na semana passada, a esposa do alemão, Corinna Schumacher, disse, em uma carta enviada a um músico, que ele continuará lutando pela vida. Schumacher teve sua vida mudada em dezembro de 2013 quando sofreu um grave acidente enquanto esquiava em uma pista de esqui em Méribel, no sul da França. Ele caiu e bateu a cabeça em uma rocha e, desde então, lida com as sequelas da colisão. (ANSA)

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