A família de uma mulher negra morta a tiros por uma vizinha branca no estado americano da Flórida pediu justiça nesta terça-feira (27), depois que o procurador acusou a autora dos disparos de homicídio culposo e não doloso.

“Não achamos que tenha sido feita justiça com a decisão do procurador do estado”, declarou em entrevista coletiva Takema Robinson, amiga da vítima, Ajike “AJ” Owens, e porta-voz de sua família. “A única coisa que pedimos para AJ é a mesma dignidade e o mesmo respeito que ela teria tido como vítima se fosse branca.”

O procurador William Gladson explicou hoje que não poderia acusar Susan Lorincz de assassinato em segundo grau, por não ser capaz de “provar, com a exclusão de qualquer dúvida razoável, a existência de uma mente depravada em relação à vítima no momento do assassinato”. Por isso, acusou-a de homicídio culposo com arma de fogo e agressão, o que pode levar a até 30 anos de prisão.

Susan, de 58 anos, matou Ajike após meses de conflito devido aos quatro filhos da vítima. Segundo uma testemunha, a acusada teria gritado xingamentos racistas contra as crianças pouco antes de matar Ajike, na frente do filho de 10 anos da vítima.

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