Uma mulher de mais de 80 anos aguarda o resultado do teste de coronavírus há 12 dias em uma UTI de um hospital na Baixada Santista, em São Paulo. Sob condição de anonimato, o jornal O Estado de S. Paulo conversou com o filho dessa mulher, que demonstrou angústia pela falta do diagnóstico preciso e pelo que isso pode representar para a saúde da mãe e de todos que tiveram contato com ela. A coleta do material ocorreu no dia seguinte à internação, há duas semanas, e a família não conhece o resultado.

Dos profissionais de saúde, o filho recebeu diferentes prazos. Inicialmente, o hospital informou que demoraria cerca de dez dias, depois uma médica falou em sete dias e de outros especialistas ouviu que o prazo está sendo de até 20 dias para saber se uma pessoa está ou não com coronavírus. “Está preso no (Instituto) Adolfo Lutz, me dizem”, contou o homem.

O Instituto Adolfo Lutz é considerado o principal órgão de vigilância epidemiológica do Estado e o governo vem tentando soluções para os casos que estão ficando represados lá. Nesta semana, o governador João Doria (PSDB) anunciou o início da operação no Instituto Butantã para absorver a demanda.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o instituto “está priorizando o processamento das amostras de casos graves e óbitos”. Disse ainda que, de acordo com o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo e do Centro de Operações de Emergências, o teste “não afeta o tratamento da pessoa, que é feito apenas do ponto de vista clínico”. A pasta afirmou que adquiriu 60 mil testes extras para suporte do instituto. A espera para a família da idosa continua. Um dos receios é de que ela esteja em ala separada para pacientes com coronavírus sem estar com a doença. A mulher já apresenta melhoras, após ter chegado ao hospital em uma situação crítica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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