A família de um negro morto pela polícia na semana passada nos Estados Unidos relatou, na segunda-feira (26), uma “execução” após ver um pequeno videoclipe do incidente, filmado pela câmera de um dos policiais presentes durante o ato.

“Meu pai foi executado apenas tentando salvar sua própria vida”, disse a jornalistas Khalil Ferebee, um dos filhos de Andrew Brown Jr., morto a tiros pela polícia local em 21 de abril em Elizabeth City, uma pequena cidade da Carolina do Norte.

As circunstâncias de sua morte permanecem incertas, mas de acordo com o relato de testemunhas para a mídia local, a vítima de 42 anos foi baleada enquanto se afastava dos oficiais em seu carro.

De acordo com as autoridades policiais, o vídeo em si era muito fragmentado para tirar conclusões.

A polícia, que estava investigando um caso de narcóticos, registrou um mandado de prisão contra Andrew Brown Jr.

Sua família e seus advogados puderam assistir a um fragmento do vídeo filmado pela câmera de um dos agentes, com duração de apenas vinte segundos.

A filmagem mostra Andrew Brown Jr. “com as mãos firmemente no volante, eles se aproximaram de seu veículo e atiraram”, de acordo com Chantel Cherry-Lassiter, um dos advogados da família, acrescentando que os policiais “continuaram a atirar nele enquanto ele dirigia seu carro”.

A polícia exigiu que o vídeo fosse tornado público e foi a um juiz para tal feito, com o qual será realizada uma audiência na quarta-feira, segundo a televisão local WBTV.

“Este trágico incidente foi rápido e durou menos de 30 segundos, e o vídeo das câmeras corporais está se movendo e, às vezes, é difícil de analisar”, disse o xerife do condado de Pasquotank, Tommy Wooten, na segunda-feira.

Os vídeos, filmados por transeuntes ou pelas próprias câmeras da polícia, desempenharam um papel importante nas recentes investigações sobre as mortes de americanos negros nas mãos de policiais, como recentemente no julgamento do ex-agente Derek Chauvin, condenado pelo assassinato de George Floyd.