As autoridades iranianas impediram os pais e o irmão de Mahsa Amini, a jovem curda iraniana que morreu no ano passado no Irã sob custódia policial, de viajarem à França para receber o Prêmio Sakharov em seu nome, anunciou o seu advogado à AFP neste sábado (9).

“Foram proibidos de embarcar no avião que os levaria a França para receberem o Prêmio Sakharov (…) apesar de terem visto” e “os seus passaportes foram confiscados”, disse a advogada da família Amini na França, Chirinne Ardakani.

O Prêmio Sakharov para a Liberdade de Consciência 2023 foi atribuído em outubro passado a Mahsa Amini e ao movimento “Mulheres, Vida, Liberdade”, reprimido de forma sangrenta pelas autoridades iranianas.

A morte de Mahsa Amini em 16 de setembro de 2022, três dias depois de ter sido detida pela polícia por supostamente não usar o véu corretamente, desencadeou uma gigantesca onda de manifestações contra líderes políticos e religiosos iranianos.

A severa repressão destes protestos levou à morte de centenas de pessoas e a milhares de detenções.

“As autoridades iranianas estão mobilizadas mais do que nunca para impedir que as famílias das vítimas falem perante a comunidade internacional”, disse Ardakani.

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