Familiares da brasileira Juliana Marins, que caiu em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, alegam que as informações divulgadas por autoridades oficiais são falsas e que ela está, atualmente, desaparecida.
+Brasileira cai durante trilha a vulcão e aguarda resgate na Indonésia
No sábado, 21, autoridades da Indonésia e a Embaixada do Brasil em Jacarta divulgaram que a jovem teria recebido comida, água e agasalho após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok. Todavia, a família da brasileira diz que essas informações não procedem.
“Eu sou pai da Juliana, que está desaparecida na Indonésia. Infelizmente tudo que nós soubemos até agora foi mentira. As únicas verdades são aquelas primeiras fotos de Juliana caída que nos foram enviadas por um grupo de turistas espanhóis que estavam passando por lá. As demais informações de autoridades locais e de embaixada brasileira são mentirosas. Juliana não foi resgatada, na verdade está desaparecida. Não sabemos onde ela está”, disse o pai de Juliana Marins, em suas redes sociais.
“Ela não recebeu água e não recebeu comida. Ela está sozinha há mais de 36h, e parece que agora eles não sabem nem onde ela está. Está desaparecida. Ou seja, tudo que nos falaram foi mentira. Atualmente estamos contando atualmente apenas com o auxílio do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, que é quem está nos dando apoio, porque a embaixada não está nos dando apoio algum, o governo brasileiro, que tentamos contato, também não está nos ajudando, isso é uto triste e muito grave”, completou o familiar.
A irmã, Mariana Marins, disse à imprensa que soube por outros turistas que a irmã havia caído, enquanto a agência responsável pelo passeio turístico não fez contato com os familiares.
“A galera que estava com ela no grupo seguiu viagem, então seguiu a trilha, ficou sozinha apenas com o guia, e o guia não avisou ninguém, então a gente sabia que ela não ia ter sinal porque ela avisou. Se não fossem esses turistas passando e procurando a gente nas redes sociais, a gente não saberia que ela tinha sofrido o acidente, porque a agência simplesmente não falou nada para a gente. Então foi um descaso muito grande da agência, depois das mentiras, do resgate que chegou, não chegou, chegou, chegou e não tinha chegado, então foi um ponto muito negativo em relação à agência em si”, declarou ao Uol.
Além disso, endossou as falas do pai de que as informações de que o resgate chegou à brasileira são falsas.
“Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, junto com essa mensagem associada a ele”, disse a irmã da brasileira na Indonésia.
Segundo a familiar, ‘não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana’, e que até então o resgate não conseguiu chegar até a brasileira pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade.
A IstoÉ entrou em contato com o Itamaraty, que informou que não irá se posicionar no momento. O órgão declarou apenas que ‘a operação de resgate segue em andamento’. A embaixada brasileira em Jacarta também foi contatada, mas não há devolutiva até o momento. O espaço segue aberto para pronunciamento.
Entenda o caso da brasileira que caiu em trilha do vulcão da Indonésia
Juliana Marins caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani. O vulcão em questão é uma das atrações turísticas mais conhecidas da Indonésia.
Na ocasião, Juliana teria escorregado e caído a cerca de 300 metros abaixo da trilha original, ficando então isolada e necessitando de resgate.
Ao cair, Juliana foi vista por turistas que passaram pela trilha horas depois e contataram seus familiares. Após avistarem a brasileira, eles usaram um drone para encontrá-la.
A brasileira é natural de Niterói (RJ) e, segundo a sua família, estava em um mochilão na Ásia desde fevereiro deste ano.
Inicialmente, a trilha ao vulcão na Indonésia teria duração de três dias e duas noites, de 20 a 22 de junho, sendo guiada por uma agência de turismo do país asiático.