Fama e poder: Gusttavo Lima não é o primeiro famoso que desistiu da política

Nomes como Silvio Santos e Luciano Huck chegaram a ser cotados para cargos públicos, inclusive para a presidência da República

Gusttavo Lima
Gusttavo Lima: cantor quer lançar candidatura em 2026 Foto: Reprodução/Instagram

Nesta semana, o cantor sertanejo Gusttavo Lima, de 35 anos, surpreendeu a todos ao anunciar oficialmente que desistiu de concorrer à presidência da República em 2026. O “Embaixador”, apelido dado ao famoso, que chegou a ser apontado como pré-candidato em uma chapa formada ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), agora vai focar em sua carreira artística.

Gusttavo Lima, que nas últimas eleições se manifestou em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agradeceu as manifestações de apoio recebidas em relação a uma eventual candidatura, mas pediu que sua decisão fosse respeitada.

O famoso destacou que a oposição de sua família pesou em sua decisão de desistir de disputar o Planalto e afirmou que vai contribuir com a política, mas de outras formas. “O meu objetivo é contribuir de outras maneiras, sem a necessidade de concorrer ou ser eleito para algum cargo público”, disse.

Nossa reportagem relembra que Gusttavo Lima não é a primeira personalidade a desistir da política. Nomes como Silvio Santos e Luciano Huck chegaram a ser cotados para cargos públicos, inclusive para a presidência da República.

O maior comunicador da televisão brasileira, Silvio Santos, que morreu em agosto passado, movimentou a corrida eleitoral em 1989 ao anunciar sua candidatura à presidência pelo PMB. O dono do SBT tinha como principais concorrentes Lula (PT) e Fernando Collor (PRD), que venceu a disputa.

Na época, as pesquisas mostravam que o empresário teria chances de disputar o segundo turno. Contudo, Silvio só oficializou sua candidatura a 20 dias do pleito e viu sua chapa ser anulada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a pedido do PRD.

Antes de 1989, Silvio Santos havia negado diversas vezes um possível envolvimento político e pediu para não votarem nele. “Não votem no Silvio Santos e nem em quem ele apontar, porque o Silvio Santos vai estar tapeando vocês”, disse ele um ano antes das eleições.

Ao longo dos anos, o apresentador externou em alguns momentos sua decepção com a política no país.

Outro famoso que também resolveu se aventurar rapidamente na política foi Luciano Huck, durante a pré-campanha das eleições presidenciais de 2018, mas desistiu antes de oficializar sua candidatura. Em 2022, o apresentador voltou a ser cogitado; sua saída da Globo foi aventada, mas, no final, optou por seguir na carreira artística.

O marido de Angélica se mantém engajado politicamente, mas sem filiações partidárias. Ele apoia o movimento RenovaBR, que visa levar novas caras para a política brasileira nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Hoje em dia, Huck se posiciona como defensor da educação, do meio ambiente e dos direitos humanos, além de ser a favor do combate às desigualdades sociais.

Por fim, o empresário Roberto Justus foi cotado nas eleições de 2018 para a Presidência. Ele, no entanto, não aceitou, apesar de admitir que passou a considerar a possibilidade em 2016.

Durante participação no podcast Inteligência Ltda., Justus revelou que naquele ano chegou a ser sondado oficialmente pelo MDB. Ele contou que o então presidente Michel Temer o procurou para avaliar sua candidatura, mas, após pesar os prós e contras, agradeceu e declinou do convite.

“Tive um convite para ser presidente da República antes do Bolsonaro em 2018. Fui a Brasília conversar com o presidente Temer e ele mesmo disse: ‘Eu não vou ser reeleito’… E ele me sondou para ser candidato do MDB na época. Foi uma conversa, nada evoluiu… Foi lisonjeiro, muito querido da parte dele, mas não daria para mim”, disse ele na ocasião.