O diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, não tinha dúvidas de que em breve a relação entre zika e microcefalia seria reconhecida. Para ele, o sinal de que a confirmação não tardaria partiu da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Em março, a diretoria do organismo internacional já havia indicado um consenso sobre a associação, que começou a ser feita no Brasil em outubro, depois de identificado o espantoso aumento de nascimento de bebês com a má-formação.

“Faltava a formalização. As recomendações dos EUA, por exemplo, para que gestantes evitassem viajar para locais com transmissão de zika, já demonstravam que o risco era considerado plausível”, observou.

Maierovitch considera que estudos conduzidos no Brasil em parceria com o CDC ajudaram a reforçar a tese. São três: em Pernambuco, na Paraíba e na Bahia.

Resultados preliminares de dois trabalhos já indicavam a forte relação entre zika e a síndrome em bebês. O diretor avalia que o reconhecimento não deve mudar de forma significativa o que já vem sendo feito. “Todas as medidas de prevenção já eram movidas pela crença de que a transmissão do vírus zika tem potencial para provocar a má-formação no bebê.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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