O técnico da Argentina, Lionel Scaloni, admitiu que se esforçou para não se emocionar depois da classificação de sua equipe nesta terça-feira para a final da Copa do Mundo e lembrou que “falta um passo” para o título.

“Tento não me emocionar. É muito difícil. Estou no lugar dos sonhos de todo argentino. Todos agiriam como eu. Quando você joga pela seleção e representa seu país, é impossível não fazer o que fazem esses garotos. É emocionante”, afirmou Scaloni em entrevista coletiva após a vitória sobre a Croácia nas semifinais do Mundial por 3 a 0.

“Quando perdemos para a Arábia (no jogo de estreia no Catar), sentimos o apoio do povo e isso é inigualável. Não há torcedores de clube, somos todos torcedores da ‘Albiceleste’. É um momento único. A Argentina está no pedestal do futebol e isso tem que nos deixar felizes”, acrescentou.

O treinador elogiou mais uma vez o trabalho de Lionel Messi, autor de um gol e uma assistência contra a Croácia e artilheiro da equipe no Mundial.

“Se Messi é o maior da história, às vezes parece que é porque somos argentinos e dizemos isso. Eu tenho o privilégio de treiná-lo e vê-lo, é algo emocionante. Cada vez que gera algo para seus companheiros. Não só aos argentinos. Não há muito mais a acrescentar. É uma sorte e um privilégio”, disse.

Scaloni também fez elogios a outro protagonista do jogo, o atacante Julián Álvarez, autor de dois gols.

“A partida de Julián é muito boa. Não só pelos dois gols, mas porque deu uma contribuição bárbara aos três volantes. Com a idade que tem, é normal que queira conquistar o mundo. É um garoto que, o que você disser, ele faz. Estamos felizes porque pôde fazer gols e isso é bom para um atacante”, afirmou.

Sobre o adversário da final, Scaloni preferiu não escolher entre França ou Marrocos, que se enfrentam quarta-feira na segunda semifinal.

“Nunca fui de buscar adversário. O que vier, virá. Os dois merecem estar aqui, são duas grandes seleções”, concluiu.

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