Parece obsessão. O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar nesta segunda-feira 12 sobre excrementos humanos, desta vez durante cerimônia para inaugurar a duplicação da BR-116, no Rio Grande do Sul. “Há anos um terminal de contêiner no Paraná, se não me engano, não sai do papel porque precisa agora também de um laudo ambiental da Funai. O cara vai lá e se encontra um cocozinho petrificado de um índio, já era. Não pode fazer mais nada ali”. Claramente falta alguém no Palácio do Planalto para dizer o que o presidente não quer ouvir. Como aquele “anãozinho” – ao qual se referia o escritor Max Perkins – no ombro de um general aconselhando-o sobre o que fazer e não fazer. Por ora, o governo está povoado de figuras como aquele barbeiro do rei que, de tão abominável, passou a ser detestado por todos. Perguntado pelo soberano como o povo o enxergava, o barbeiro temendo desagradá-lo disse: “metade o estima, metade o despreza”.


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