As autoridades de Berlim decidiram nesta segunda-feira (4), 30 anos após a queda do Muro, proibir o acesso ao lendário Checkpoint Charlie a artistas que se fantasiam de soldados americanos para ganhar dinheiro ao serem fotografados por turistas.
O Checkpoint Charlie, localizado no coração de Berlim, foi durante a Guerra Fria um dos principais pontos de trânsito entre o Leste e Oeste na época do Muro. Desde 1989, tornou-se um dos lugares mais visitados pelos turistas.
Desde o início dos anos 2000, uma dezena de atores em uniformes americanos começaram a frequentar o lugar com o objetivo de posar para fotos, em troca de dinheiro ou vender vistos falsos da época da Guerra Fria.
As autoridades de Berlim decidiram pôr fim a esse “uso não tolerado” do espaço público.
O chefe desses atores afirmou que o grupo só recebe doações voluntárias de turistas.
Segundo o jornal Bild, o grupo pode receber no total entre 1.500 a 5.000 euros por dia.
No entanto, a polícia de Berlim investigou secretamente para mostrar que os turistas que não concordam em pagar podem ser maltratados verbal ou fisicamente por esses falsos soldados.